Goleador do Vasco lembra 'adoção' e saudade de quitutes da mãe de Cavalieri

Edmilson e Diego Cavalieri nos tempos de Palmeiras
Ainda adolescente, cheio de sonhos, Edmilson deixou Salvador para tentar a sorte no futebol em São Paulo. No Palmeiras, se formou e, além de aprender o bê-á-bá da bola, ganhou uma segunda família, de nome Cavalieri. Foi Diego, hoje goleiro do Fluminense e rival do Vasco nesta quinta-feira no Maracanã, que lhe abriu as portas de sua casa e o abrigou por muitas vezes, dando a dona Vera, mãe do arqueiro tricolor, mais um filho a tiracolo.  

Sempre sorridente, o atacante cruzmaltino, agora bem sucedido após dez anos atuando no exterior, lembra com carinho daquela época e demonstra muita gratidão pelo acolhimento de outrora.

“Passamos muitos momentos bons. Foi a primeira família que me alojou. A mãe dele me chama de filho, ele me chama de irmão… É um cara que considero bastante, amo bastante. É meu irmão de coração. Ele e o irmão dele Danilo (mais novo). Passaram-se 17 anos e estamos com a mesma amizade. Amizade não se vende e não se compra, se conquista. É um cara que tem meu respeito. Ele vai defender o lado dele, eu, o meu, mas espero, claro, que eu possa sair vencedor (risos)”, disse Edmilson.

Após os exaustivos treinos no Palmeiras, Diego Cavalieri e Edmilson chegavam famintos e passavam a tarde se deliciando com os quitutes de dona Vera. Um, em específico, faz o vascaíno até hoje delirar:

“Ela faz um bolo de cenoura que é uma maravilha. A primeira vez que comi um bolo de cenoura foi na casa dela. Nunca tinha comido. Ela fez um para mim, eu adorei e até hoje chego lá e peço esse bolo. Gosto dela demais. Quando a gente se vê, se abraça, chama um para casa do outro…”.

Entre uma partida e outra de vídeo game, a dupla se divertia com as brincadeiras e as provocações sadias. Edmilson lembra de um episódio que até hoje tira Cavalieri do sério.

“Teve a história do quebra-queixo (doce feito com coco que é muito duro). Conto isso até hoje para todo mundo e ele fica bravo (risos). Tinha um quebra-queixo na geladeira, eu estava comendo e ele quis experimentar. Ele deu uma mordida e só o vi colocando a mão na boca. De repente sai o dente dele, logo o da frente (risos). Depois fomos para o treino, ele chegou daquele jeito e foi só alegria para mim e tristeza para ele (risos)”, se recorda às gargalhadas.

Amizade a parte, os dois estarão em lados opostos nesta quinta-feira, às 21h, no Maracanã e, mesmo que faça um gol em seu “irmão”, Edmilson garante que isso não irá abalar a relação:

“A amizade continua. Ele vai ficar bravo, mas a amizade vai continuar (risos)”.

Após se profissionalizarem, Edmilson virou padrinho de casamento de Diego Cavalieri. Já o goleiro tricolor tornou-se padrinho da filha do atacante vascaíno.
Fonte: Uol
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