Depois de pouco mais de um mês de negociação, Vasco e Nissan puseram fim nesta semana ao contrato de patrocínio esportivo. A diretoria do clube e da montadora assinaram o distrato e já não tem mais qualquer vínculo oficialmente. Ao contrário da expectativa anterior, porém, o Vasco não recebeu novos valores de indenização pelo encerramento do contrato de quatro anos. Tampouco precisou devolver a verba adiantada que já havia recebido pelo segundo ano de exibição da marca na camisa do Vasco.
A montadora decidiu deixar o Vasco depois da violenta briga da última rodada do Brasileiro entre torcidas organizadas do Atlético-PR com os vascaínos. A decisão pegou de surpresa o clube de São Januário, mas não houve conversa para prosseguimento da parceria. Apesar do contrato não prever multa rescisória, o Vasco se sentia prejudicado por interromper em seis meses um contrato de quatro anos e buscou, num primeiro momento, a indenização nas negociações.
No entanto, após rodada de reuniões e discussões jurídicas, Vasco e Nissan, que já havia efetuado o pagamento adiantado do primeiro ano (R$ 7 milhões) na assinatura do contrato e ainda uma parcela do segundo, terminaram por entrar em consenso: o clube não receberia mais nada pelo desfecho da parceria e também não ressarciria nada à montadora japonesa pelos pagamentos antecipados.
No entendimento da diretoria do Vasco, que confirmou ao GloboEsporte.com a informação do distrato assinado esta semana, o clube não sai no prejuízo, apesar de agora ter que correr atrás de um novo parceiro para a camisa. O raciocínio é o seguinte: em seis meses, a Nissan pagou o valor pelo ano inteiro e ainda outra parcela por um novo período que não será cumprido.
Reposição complicada
O clube negocia com duas montadoras chinesas para ocupar a vaga da Nissan: Chery e Lifan, mas reconhece que um fechamento de negócio ainda deve demorar algum tempo. Para a manga da camisa, porém, uma marca carioca de guaraná natural está perto de ser anunciado como novo patrocínio. Os valores giram em torno de R$ 5 milhões por um ano. Há ainda a expectativa de definir os dois espaços restantes na camisa até março para agregar, no total, cerca de R$ 16 milhões a mais. Hoje, só a Caixa Econômica Federal e a Tim estão expostas no uniforme.
Fonte: Globo.com