Há 20 anos, Botafogo x Vasco faziam final de turno cheia de polêmica

A relação amena entre as diretorias e uma tranquilidade entre as torcidas que definiu os embates como Clássico da Amizade promete continuar em campo neste domingo, às 16h, quando as duas equipes entrarem em campo no Nilton Santos, para decidir quem levará a Taça Rio. No entanto, há 20 anos, uma disputa de turno foi antecedida por um clima muito diferente.

O Botafogo chegara à final da Taça Guanabara de 1997 com antecedência, e se deu ao luxo de levar uma equipe reserva para o clássico diante do Flamengo de Romário e Sávio. A atitude irritou o Vasco, que disputava ponto a ponto a vaga na decisão com o rubro-negro: o vice de futebol, Eurico Miranda, questionou se o presidente do Fla pagava a folha salarial alvinegra, e o vascaíno Edmundo acusou os botafoguenses de “falta de caráter”. Com o surpreendente triunfo por 1 a 0 do Bota sobre os flamenguistas, o Cruz-Maltino se classificou.

Em uma equipe com nomes como Wagner, Bentinho, Aílton e Sorato, o Botafogo viu surgir como herói do título outro velho conhecido da torcida: o zagueiro Gonçalves. Aos 32 minutos do segundo tempo, ele aproveitou cruzamento de Marcelinho Paulista e estufou a rede. Ao LANCE!, o ex-jogador não escondeu que o triunfo por 1 a 0 foi um de seus jogos mais marcantes:

– Aquele foi um grande jogo, o Botafogo estava muito bem, com uma equipe entrosada, e o Vasco tinha uma equipe boa. Acho que foi um dos meus melhores jogos da carreira, e não só porque marquei o gol do título.

Gonçalves ainda apontou outras lembranças que surgiram no Maracanã. Dentre elas, a de seu gol contribuir para o fim de um incômodo jejum alvinegro: desde 1968, os botafoguenses não comemoravam um título de Taça Guanabara.

– O marcante para mim foi o duelo com o Edmundo, no qual fui muito bem. E ele vinha em uma grande fase. Além disto, o jogo foi muito disputado tecnicamente, em um Maracanã lotado, e eu puder marcar o gol que deu Botafogo uma Taça Guanabara, competição que ele não vencia há 29 anos.

O ex-zagueiro apontou que o título da Taça Guanabara influiu na provocação de Edmundo no jogo de ida da final do Campeonato Carioca entre as duas equipes. Quando Gonçalves cercava o atacante, o vascaíno parou e fez uma “dança da bundinha”. Para o ex-jogador, o Botafogo acabou descontando no adversário no jogo de volta:

– De certa forma, sim. Não deixou de ser uma revanche, pois a gente também ganhou o Segundo Turno, e o Vasco ganhou o Terceiro Turno. Após a virada de mesa causada pela paralisação do Campeonato Carioca, eles vinham com uma equipe competitiva, mais embalados que a gente. A provocação do Edmundo serviu como uma motivação extra para nós, e só valorizou nossa conquista.

Fonte: LANCENET!

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