No padrão utilizado até aqui, Bernardo deveria ocupar o lado direito do ataque, mas quem desempenhou o papel nos primeiros 20 minutos foi Pedro Ken, auxiliando Diego Renan. Assim, o meia, autor de três gols na Taça Guanabara, ficou centralizado, tentando furar o bom bloqueio adversário. Mesmo mais perto de Montoya, trocaram passes apenas duas vezes.
Em um momento, o camisa 31 chegou a se irritar com uma jogada em que o colombiano insistiu no drible e não levantou a cabeça. Aliás, ainda que seja canhoto, o gringo não está acostumado a atuar como ponta, do jeito que Adilson prefere. Ele se destacou no All Boys, da Argentina, arrancando com a bola de trás. Bernardo o havia elogiado pela “agilidade e inteligência” no dia anterior, quando num trabalho tático pareceu definido que ambos estariam lado a lado.
Sob o olhar dos números, o desempenho não foi nada bom. Enquanto Montoya passou a bola apenas nove vezes (duas de forma errada) e não chutou a gol, o outro arriscou um arremate, para fora, e falhou em seis passes. Aos 13 da etapa final, Bernardo também saiu, para a entrada de Everton Costa, que, assim como Barbio, na outra vaga, melhorou a parte ofensiva imediatamente.
A movimentação dos dois desagradou Adilson, que afirmou na entrevista coletiva que queria ver seus falsos pontas atuando diferente. E deixou no ar a possibilidade de mantê-los contra o Flamengo, domingo que vem, no Maracanã, pela oitava rodada.
– Estávamos trabalhando no primeiro tempo sem agressividade, sem explorar as costas do lateral. Melhoramos, criamos situações, e ele foi bem, sim. Agora temos uma semana para decidir como jogar contra o Flamengo – disse, para em seguida reforçar a crença nos dois – Pode ser (que rendam). São jogadores de talento, de potencial. Têm condição de ajudar.
Fonte: GloboEsporte.com