Flamengo e Vasco se manifestaram na noite desta quinta-feira sobre a determinação para que o clássico de sábado, na Arena da Barra, seja com portões fechados. Vice-presidente do clube da Gávea, Alexandre Póvoa lamentou a decisão da Liga Nacional de Basquete (LNB), que optou por realizar a partida sem torcida após a Polícia Militar do Rio afirmar que não terá efetivo para fazer a segurança do evento. O Vasco, por sua vez, preferiu se pronunciar por meio de uma nota oficial. O Cruz-maltino criticou a Polícia Militar do Rio pela decisão.
“O Vasco tem encontrado por parte da Polícia Militar uma série de obstáculos para devolver ao Rio o espetáculo do basquete, inclusive com uma rivalidade esportiva de repercussão nacional. Não foi a primeira vez que o torcedor do Vasco se viu privado de acompanhar o seu time. Torcida única ou portões fechados não ajudarão a elevar a imagem do esporte no nosso estado. O Club de Regatas Vasco da Gama lamenta que a Polícia Militar alegue que o fato de termos um dia de praia, uma partida de futebol e ensaio técnico à noite na Marquês de Sapucaí impeça outro evento na cidade. É a situação confessada do Estado do Rio de Janeiro”, informou o Vasco em sua nota.
O Flamengo também criticou a decisão de realizar o clássico com portões fechados. Para Alexandre Póvoa, realizar um clássico sem a presença de torcida no Rio é um verdadeiro descaso com o legado olímpico.
– Apesar de o mando de quadra ser do Vasco, o Flamengo lamenta profundamente a ausência de público, principalmente de torcida dupla. Tal episódio somente reforça o total descaso das autoridades com o legado olímpico do Rio de Janeiro, depois de investimentos realizados com dinheiro público. O que era para ser uma festa com várias opções de ginásios após as Olimpíadas, virou um pesadelo a cada evento – disse Alexandre Póvoa.
Segundo a nota emitida pela LNB na tarde desta quinta, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou somente na última terça que não teria efetivo suficiente para atender à partida. A Liga alegou ainda que foi pega de surpresa pela postura da polícia, “uma vez que o evento estava confirmado para esta data desde o seu adiamento em dezembro, o qual foi feito com o conhecimento da PM do RJ”.
Em um primeiro momento, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) deu o aval para a realização da partida na Arena da Barra. Mandante do jogo, o Vasco chegou a divulgar a venda de ingressos. Na terça, porém, o Cruz-maltino adiou após o comunicado da PM. Em nota ao GloboEsporte.com, a assessoria de imprensa da corporação informou que não foi consultada sobre a realização do jogo.
A PM alegou não ter efetivo suficiente para cobrir todos os eventos da cidade neste sábado. Entre eles, o jogo do Botafogo contra o Nova Iguaçu, pelo Campeonato Carioca, no Engenhão. Major Silvio Luiz, responsável pelo Gepe, afirmou que a decisão é da Polícia Militar.
A partir disso, a PM recomendou o adiamento da partida. A Liga, porém, negou a hipótese. Ao receber o comunicado negando o efetivo, respondeu com considerações, à espera de uma mudança de opinião. Como não houve uma resposta positiva, a solução foi marcar o clássico com portões fechados.
Confira a íntegra da nota do Vasco:
O ano de 2016 marcou a volta do Vasco à elite do basquete nacional. A decisão representou um alto investimento do clube para satisfazer sua torcida e elevar o esporte no Estado do Rio de Janeiro.
No entanto, o Vasco tem encontrado por parte da Polícia Militar uma série de obstáculos para devolver ao Rio o espetáculo do basquete, inclusive com uma rivalidade esportiva de repercussão nacional.
Como ressaltou a nota oficial da Liga Nacional de Basquete, a solicitação de policiamento foi enviada pelo Vasco através de ofício datado em 7 de Janeiro de 2017 e endereçado ao Comando Geral. A resposta, via GEPE, em 16 de Janeiro, reconhecia a partida e solicitava o Certificado de Registro do Corpo de Bombeiros, o que foi atendido.
Não foi a primeira vez que o torcedor do Vasco se viu privado de acompanhar o seu time. Torcida única ou portões fechados não ajudarão a elevar a imagem do esporte no nosso estado. O Club de Regatas Vasco da Gama lamenta que a Polícia Militar alegue que o fato de termos um dia de praia, uma partida de futebol e ensaio técnico à noite na Marquês de Sapucaí impeça outro evento na cidade. É a situação confessada do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: GloboEsporte.com