Indefinição quanto ao futuro do Campeontao Brasileiro afeta o mercado

Atlético-PR e Vasco foram condenados no STJD por briga em Joinville (Foto: Rossana Fraga/ LANCE!Press)

 

A total falta de definição do Campeonato Brasileiro de 2014, pelo imbróglio jurídico que vivemos, trouxe uma série de impactos para os envolvidos com futebol no Brasil.

Desde o fim da competição em 2013, até o momento, o mercado e todo o país assistem pela mídia a essa guerra de julgamentos, liminares e até uma possível ação do Ministério Público de São Paulo, que a cada dia alteram o resultado da competição.

O impacto para a imagem do futebol brasileiro é terrível e mostra a fragilidade institucional e jurídica do modelo adotado aqui, já que não garante que um caso como o ocorrido com a Portuguesa, afete a competição como um todo e sua credibilidade.

Hoje no Brasil ninguém pode assegurar quais serão os times participantes do Campeonato Brasileiro. Isso considerando que os clubes brasileiros são a sexta economia global do futebol, rumo ao quinto posto, no ano da Copa do Mundo no país.

O maior impacto de tudo isso é a perda de credibilidade do futebol para o mercado corporativo, torcedores, investidores e mídia.

Essas indefinições, muitos comuns em outros tempos do nosso futebol voltam em outro cenário financeiro. Em 2003, os patrocínios dos clubes brasileiros geraram R$ 72 milhões, valor que atingiu R$ 497 milhões em 2012. Os direitos de TV, que eram de R$ 274 milhões em 2003, atingiram R$ 1,4 bilhão em 2012.

Assim, em 2003, um marco institucional do nosso futebol, os patrocínios e direitos de TV movimentavam R$ 346 milhões para os clubes, montante que atingiu R$ 1,9 bilhão em 2012. Um crescimento de 450%.

Os anunciantes da TV e patrocinadores dos clubes são responsáveis direitos e indiretos por grande parte do dinheiro movimentado no futebol e seguramente não é positiva perante o mundo empresarial a perda de credibilidade, falta de interesse do público e notícias negativas.

Considerando ainda que a CBF recebeu em 2012 outros R$ 236 milhões em patrocínios, estamos falando em um total de R$ 2,1 bilhões. Esse valor é oriundo de empresas que querem se associar a mágica do futebol, a paixão dos brasileiros pelo esporte e gerar visibilidade para suas marcas.

Esse poder financeiro dos patrocinadores deveria servir como uma força para acertarmos os rumos do nosso futebol.

A falta de uma definição de como será nossa principal competição no ano da Copa do Mudo no Brasil afeta muito a imagem do nosso mercado. Isso pode sim afastar ainda mais empresas, com potencial para investirem no futebol.

Seguramente não era essa a ideia que tínhamos, quando o Brasil foi escolhido para sede do evento em 2007. Perdemos uma chance de ouro de mudar a imagem do nosso futebol!

Fonte: LANCENET!

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