Adilson vê mérito do goleiro no pênalti e avalia primeiro jogo: 'Vi coisas boas'

Adilson Batista Boavista x Vasco (Foto: Wagner Meier / Agência Estado)
O Vasco bem que tentou. Teve boas chances, desperdiçou um pênalti e não conseguiu sair do 1 a 1 com o Boavista (veja os lances no vídeo ao lado) na noite deste sábado, em São Januário, na partida que marcou a estreia das equipes no Campeonato Carioca. Após o tropeço em casa, o técnico Adilson Batista pediu calma aos torcedores.

Evitou crucificar o volante Fellipe Bastos, que voltou ao clube após empréstimo e desperdiçou um pênalti no segundo tempo. O treinador fez ainda uma avaliação positiva do primeiro teste do Vasco em 2014 e atribuiu o resultado à falta de sorte.

– O Vasco fez um jogo controlado, organizado, procurando trabalhar e valorizar a bola. Tivemos poucas chances no primeiro tempo, e o adversário apostou no contra-ataque. Voltamos melhor no segundo tempo, poderíamos até ter feito 2 a 0, mas não conseguimos. Mesmo com o empate, tivemos a chance de vencer. Estava determinado que o Edmílson era o primeiro cobrador e o Fellipe Bastos vinha logo em seguida. A defesa foi mérito do goleiro também. Poderíamos ter tido sorte melhor em outras chances e é claro que o empate não foi o resultado que esperávamos. No geral, vi coisas boas – resumiu Adilson Batista.

Após o empate deste sábado, o elenco do Vasco vai ter o domingo de folga – a primeira após a reapresentação – e retorna aos treinamentos na próxima segunda-feira. Na quarta, a equipe enfrenta o Macaé, no estádio Moacyrzão, pela segunda rodada do Campeonato Carioca.

Confira a íntegra da entrevista:

Elenco

– Infelizmente no futebol não temos muito tempo. Tudo é baseado em cima dos resultados. Por isso às vezes acabamos atropelando algumas situações. Contamos com todos os que não jogaram na estreia para termos um grupo forte. Mas não vou estipular prazo. Na quarta eles podem estar melhor, mas preciso aguardar ainda. Senti alguns desgastados pela pré-temporada. No Brasil não temos a cultura de rodar o elenco. É importante em função das inúmeras competições que jogamos. Se tivermos a necessidade, alguns com desconforto ou risco de lesão, faremos as trocas. Só que acaba interferindo no coletivo.

Vaias

– Não é a primeira vez que o Fellipe Bastos é vaiado. Antes do pênalti, apenas lembrei que ele deveria bater porque às vezes o jogador está cansado e esquece. Mas já estava determinado. Era o Edmilson primeiro e depois ele. Bastos é um jogador experiente apesar de ser jovem. Ele não se esconde em um momento desses. Gostaria de contar com o apoio dos torcedores. O clube precisa e os atletas também. As vaias, no entanto, não interferem em nada no meu pensamento, na minha escalação. Temos que mostrar aos jogadores no dia a dia que confiamos neles. Temos que passar tranquilidade. Faz parte da nossa profissão. Isso serve para que eles cresçam profissionalmente e passem por cima de determinadas situações que acontecem no futebol.

Fellipe Bastos

– Pedi para ele não voltar muito, não vir pegar a bola no pé do zagueiro. Porque nesse caso perdemos um jogador na frente. Ele volta e não consegue chegar a tempo no ataque. Fellipe jogou mais avançado na Ponte Preta recentemente. É um jogador que ajuda no lado esquerdo, que tem potencial. Vamos conversando para que ele nos ajude.

Pênalti

– Se a gente analisar bem, Fellipe é um batedor de faltas. Ele bate bem por cima da barreira. O goleiro teve méritos. Fellipe treinou bem durante a semana, assim como Bernardo e Edmilson, outros dois que trabalharam penalidades em Pinheiral.

Tropeço

– Enfrentamos um adversário que tem estrutura, é organizado, que se preparou com antecedência, sempre incomodou, que investe. Não vejo o empate como um problema para o futuro. Temos que ter calma, tranquilidade. Seguir o trabalho para que no momento certo a equipe renda o que todos esperam. Não esperava uma goleada. O futebol é muito competitivo. Tivemos a chance de vencer, mas não foi possível.

Rodrigo

– Ele ainda não se encontra na forma ideal e vai crescer. É um zagueiro experiente. Confiamos nele. Rodrigo controlou bem o jogo. É um jogador importante.

Atuação

– Mesmo com o empate, não vi uma equipe desesperada, desorganizada. Trabalhamos bem a bola. Erramos alguns cruzamentos porque não trabalhamos muito esse fundamento na pré-temporada para evitar lesões. Tivemos chances com Thalles, Montoya, Reginaldo, Barbio… Já o Boavista aproveitou alguns erros nossos e criou contra-ataques. Mas não vi um time desesperado.

Montoya

– Entrou bem no jogo. Gostei da atuação dele. Agora tenho domingo, segunda e terça para pensar nele para o jogo contra o Macaé.

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– Temos que aguardar. Na segunda-feira, acho que vamos saber mais sobre a possibilidade de contar com os jogadores que ficaram fora da estreia por ainda estarem abaixo na parte física. Neste domingo os jogadores terão a primeira folga desde o dia 6. Tivemos um período curto de trabalho em Pinheiral, mas foi importante. Os jogadores vão ver a família no fim de semana e segunda começamos a trabalhar o próximo adversário.

Vasco no ponto

– Não dá para cravar. Podemos ter lesões, suspensões, queda de rendimento… Espero que o time cresça o mais rapidamente possível. Precisamos de tempo maior. A sequência de jogos vai ser importante para a equipe crescer.

Fonte: GloboEsporte.com

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