Duas partidas importantíssimas acontecem hoje, sob o impacto da Data Fifa e da mudança promovida pela CBF, que jogou a volta das semifinais da Copa do Brasil para o final de semana.
Ontem, os impactos já foram sentidos em São Paulo x Vasco e Fortaleza x Galo, mas os embates de hoje influenciam diretamente na briga mais importante do torneio: a sobrevivência na primeira divisão.
O Corinthians pega o Athletico-PR em casa, em confronto direto para ver quem termina a noite no Z4, quatro dias antes de enfrentar o Flamengo pela semi da Copa do Brasil. José Martínez voltou antes e deve ser titular, mas Félix Torres e Romero talvez não tenham condição de retornar, após servirem suas seleções. Ou seja, a mudança da CBF deixou a sequela da Data Fifa para o jogo mais “valioso” — ou perigoso, como queiram.
O mesmo vale para o Fluminense, que embora ganhe de presente um Flamengo desfalcado e potencialmente desmobilizado (Gerson, Pulgar e De la Cruz não foram sequer relacionados), pode precisar lidar com a ausência ou desgaste de Arias, fundamental para a equipe. Já Filipe Luís precisa decidir se ainda dá para acreditar no título brasileiro ou é melhor guardar todas as fichas para domingo.
Amanhã (sim, sexta-feira) tem mais: Atlético-GO x Cuiabá fazem o duelo dos desesperados, o Botafogo busca manter a liderança contra o Criciúma e o Bahia vai ao Mineirão pegar o Cruzeiro.
Há perdas e ganhos para todos os lados, mas ainda me parece inacreditável que a CBF tenha achado uma boa ideia golpear seus dois coelhos com uma cajadada só.
Desarranjou o calendário da Série A, com uma mesma rodada estendida de quarta até domingo, e atirou as semis da Copa do Brasil no fim de semana, entremeadas por três outras partidas do Brasileiro. Acabam Vitória x RB Bragantino e Gre-Nal, começa Vasco x Atlético-MG. Termina Corinthians x Flamengo e o vice-líder entre em campo em Juventude x Palmeiras. Cinco jogos, duas competições diferentes.
Quem não tá confuso não está bem informado.
É difícil mensurar qual o clube mais prejudicado ou beneficiado pelas alterações, mas dá para dizer que, como sempre, quem mais perde é o futebol brasileiro, comandado por uma entidade que não sabe nem o que é melhor para ela mesma.
Fonte: Coluna UOL – Alicia Klein