Estádio do Vasco vai iniciar implementação de sistema, um dos pré-requisitos pela liberação, mas promotoria quer ampliar cobertura para outros estádios.
Com 97 anos de existência, São Januário será o primeiro estádio do Rio de Janeiro a contar com a tecnologia de reconhecimento facial. Foi uma das exigências do Termo de Ajustamento de Conduta que será assinado nesta manhã entre Vasco e Ministério Público do Rio de Janeiro.
O sistema será implantado gradualmente no antigo estádio vascaíno, mas o MPRJ quer ampliar essa cobertura – que tem importante debate sobre benefícios e privacidade, como analisa o jornalista Rodrigo Capelo, no blog Negócios do Esporte do ge – em breve para outros estádios do Rio de Janeiro.
O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, vai encaminhar a proposta para as promotorias que cuidam do setor para análise da providência ser espelhada no Maracanã e no Nilton Santos, os dois maiores estádios do Rio de Janeiro.
O sistema funciona em alguns poucos estádios do Brasil. Um deles é o Allianz Parque, do Palmeiras. Em vez de acessar o estádio com o ingresso convencional, o torcedor precisa cadastrar seu rosto no banco de dados e usá-lo para passar pela catraca. Existem benefícios imediatos – tempo de espera menor para a entrada no estádio e combate à prática de cambismo -, mas também riscos.
Existe discussão em relação à segurança dos dados cadastrados para o reconhecimento facial – a Lei Geral do Esporte estabelece a adoção da tecnologia de biometria – diferente do reconhecimento facial – em estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas, mas ainda há discussão sobre sua aplicação até junho de 2025, prazo previsto na lei. Em Brasília, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados fez a ressalva da proibição do repasse das informações, salvo em casos de defesa nacional e segurança pública, como investigação e repressão de crimes.
Fonte: ge