– Eu agradeço a homenagem do Caxias. O Washington, um cara espetacular, um coração valente também. E o Vasco não foi diferente. Por pouco que eu passei lá, sei que deixei um carinho bem grande. Eu ainda quero ir para São Januário, ver um jogo e ser homenageado como eu fui no Caxias – revelou.
Como fizera o seu empresário, Jorge Machado, no último dia 11, em entrevista ao programa “Arena SporTV”, Everton também culpou o departamento médico do Santos por não ter revelado que ele sofria da doença de Chagas. O clube já se manifestou sobre o caso negando negligência. O ex-atacante, que defendeu o Peixe em 2013, disse que os exames ficaram escondidos.
– O Santos não me informou, esconderam os exames. Não me falaram que eu tinha a doença. O mínimo que eles tinham que fazer era falar, que é obrigação do médico falar para o paciente o que ele tem. E isso não foi dito. Para falar a verdade, eu quase morri. Quase não estou aqui dando essa entrevista – contou.
Everton Costa sentiu-se mal durante a partida contra o Resende, válida pela primeira fase da Copa do Brasil, no dia 16 de abril. No hospital, os exames constataram uma arritmia cardíaca – causada por uma miocardite (processo inflamatório do músculo cardíaco). O ex-atleta lembrou o momento do drama.
– Tomei um choque que eu não sabia que tinha tomado. Quem me falou que eu tomei um choque foi a enfermeira que estava cuidando de mim. E já na ambulância eles me reviveram. Estava praticamente morto – lembrou.
O jogador também disse ter ficado abalado quando decidiu de vez pelo encerramento da carreira. Ele contou que os médicos, responsáveis pela cirurgia para colocar um desfibrilador implantado no coração, lhe aconselharam parar de jogar. Um choque com outro atleta ou uma bolada poderiam causar algum dano ao aparelho, o que lhe acarretaria um trauma. Mas Everton Costa, entretanto, não escondeu a tristeza por não poder fazer “o que mais gosta”.
Fonte: SPORTV