Federação do Rio fecha o cerco aos grandes e combate desinteresse pelo Carioca-2015

Lopes (segundo da esquerda para a direita) mantém relações conflituosas com Bandeira de Mello, Assumpção e Dinamite

Em guerra com os quatro grandes do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), encurralou os clubes com um simples movimento.

Quarta-feira, último dia de discussões do Fórum de Debates do Futebol Carioca, o cartola anunciou que cada clube participante do Carioca-2015 só poderá inscrever 25 jogadores e três goleiros para a competição. Oficialmente, Lopes diz que a medida visa proteger os cofres dos clubes, mas a limitação foi uma forma encontrada para dificultar a possibilidade de os grandes clubes disputarem a competição com times enfraquecidos, poupando titulares. Se quiserem contar com seus principais jogadores na fase final, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco terão de inscrevê-los desde o início, tirando espaço de reservas pouco utilizados e juniores no elenco.

Em outubro, Claudio Mansur, diretor jurídico da Ferj, já tornara pública a ideia de criar um código de conduta no Estadual. Estas normas, que precisam ser aprovadas em Conselho Arbitral para entrar em vigor, preveem, por exemplo, multa em dinheiro para as agremiações cujos dirigentes falarem mal da competição.

O número limite de jogadores foi apenas mais um capítulo na relação cada vez mais tensa entre Rubens Lopes e os presidentes de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Inconformado com o descaso com o qual o Fórum teria sido tratado pelos grandes, Lopes esperou até o último dia do evento para ligar sua metralhadora giratória. E disparou contra todos:

— O (Roberto) Dinamite e o Peter Siemsen nunca vieram aqui discutir e apresentar caminhos. O Maurício Assumpção e o (Eduardo) Bandeira de Mello apareceram uma vez. Quando abrimos espaço para que trouxessem suas propostas, não o fizeram. Na chance que têm pra mostrar suas ideias, fogem do debate. Alguns por falta de conteúdo, outros por falta de coragem.

Ele disse ainda que não tem mais fé que os clubes façam sugestões que visem melhorar o torneio regional.

— Se formos esperar, vamos sair daqui só em 2020.

Fonte: Extra

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