Antes cobiçado por grupos políticos, Fernando Horta já havia anunciado que votará em Eurico Miranda nas eleições do Vasco, de 11 de novembro. Agora, no entanto, o presidente da Unidos da Tijuca decidiu que integrará efetivamente a chapa como 1º vice-geral, caso esta seja vencedora. Após algumas reuniões, o grande benemérito, visto com bons olhos por várias frentes no clube e por torcedores e sócios pelo sucesso como empreendedor Carnaval, entendeu que deveria reunir a colônia portuguesa para uma transformação em meio ao momento difícil em São Januário.
– Já tinha manifestado apoio ao Eurico Miranda, mas muita gente já vai apoiar. Agora resolvi trabalhar junto. Vou levar outras pessoas da colônia, justamente para ajudar na administração do Vasco. Assim foi combinado, e a gente está disposto a colaborar e trabalhar, porque temos que tirar o clube dessa situação que se encontra no momento. A colônia está muito afastada, e vai voltar para o Vasco. O clube foi fundado pela colônia e vamos nos unir para fazer o Vasco voltar a ser uma das grandes forças do Brasil – disse Horta, à Rádio Globo.
Até o início deste ano, o dirigente estava cotado para ser candidato, mas alegou que não poderia aceitar o desafio. Conversou com várias chapas, se aproximou do grupo liderado por Julio Brant – e apoiado pelo ídolo Edmundo e pelo conselheiro Leonardo Gonçalves -, mas acredita que o ex-presidente Eurico Miranda está “mais maduro” e é o nome certo para comandar o Vasco.
– Em principio seria o candidato, mas devido ao meu momento profissional e outros compromissos, não poderia dar 24 horas que o Vasco precisa. Devido a situação de quem está querendo esse cargo, achei que como grande vascaíno, não poderia ficar fora. Temos conversado bastante com o Eurico, que será o presidente do clube, mas terá a gente ao lado. Devo ser o primeiro vice e vamos colocar outros nomes meus na Assembleia Geral e nas outras vice-presidências. Eurico aceitou isso, está mais maduro. Logicamente que vamos ajudá-lo a comandar o Vasco, mas a gente sabe que é um regime presidencialista. É um compromisso que ele está assumindo comigo e com o pessoal da colônia portuguesa – explicou.
A intenção de Horta, que jamais fez parte da diretoria cruz-maltina, é unir os adversários, independentemente de quem sair vitorioso. E acha que sua entrada será importante.
– (Espero uma) Reação positiva, porque não vai haver vitorioso nem derrotado. Vou conversar com chapas da oposição também, não adianta ter briga. O Vasco é muito grande, mas no momento está pequeno. Espero que não seja uma guerra, que seja (uma eleição) democrática. Quem perder, que continue no clube ajudando. A minha vida sempre foi de fazer uniões. Assim vamos ter um futuro melhor no Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com