Adilson lembra 2011 e brinca sobre vaias na volta da torcida: "É gostoso"

O técnico Adilson Batista citou como principais erros do Vasco no empate por 1 a 1 com o Treze na Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira em São Januário, a falta de tranquilidade para concluir as chances que o time criou. Quando foi questionado se as conclusões erradas eram fruto da juventude de seu ataque, ele fez questão de lembrar a oportunidade desperdiçada por Fabricio para provar o contrário. A mensagem era clara e veio logo em seguida no discurso do treinador vascaíno. 

– Não é justo ficar cobrando só dos meninos – disse o treinador, lembrando que é muito cedo para todos julgarem o futebol de Marquinhos, Thalles e Yago, que compuseram o ataque pela terceira partida consecutiva – o primeiro jogo do trio junto foi no segundo tempo do jogo de ida contra o Treze, em Campina Grande. 

A volta da torcida em São Januário, com um público até razoável – 8 mil presentes -, foi festejado por Adilson. Ele brincou e lembrou que era gostosa a manifestação dos torcedores, mesmo quando recebe vaias, como aconteceu no fim da partida.

 
Adilson batista Vasco (Foto: Marcelo Dias / Agência estado)

Confira abaixo a íntegra da coletiva de imprensa do técnico do Vasco:

Avaliação do jogo 

– Fizemos um bom primeiro tempo, criamos situações para definir o jogo, mas era para ter escolhido o melhor companheiro, ter servido melhor. Às vezes escolhemos dar velocidade ao lance e não precisava. Depois do gol deles tivemos certa intranquilidade. No segundo tempo, houve a expulsão e acho que forçamos demais as jogadas no nosso velocista (Yago). Poderíamos ter mais calma. Mas jogo com emoção na Copa do Brasil acontece. Não foi assim em 2011? No sufoco, com empate aos 40 minutos (Nota da redação: Adilson se refere à partida Vasco 1 x 1 Atlético-PR, quando ele treinava o time paranaense). Não jogamos para empatar, mas para vencer, não conseguimos. Vamos trabalhar para corrigir o que não gostamos e seguir melhorando.  

Falha de Luan e apoio da torcida 

– Pois é, foi um gesto legal, mas não fizeram o mesmo com Jomar. E deveria. Também é da casa, tem potencial, é jovem. Passei tranquilidade para ele. O Treze estava provocando esse tipo de bola, forçando um pouco, induzindo ao erro, mas tínhamos que corrigir e demoramos a melhorar. 

Má pontaria 

– É apenas a terceira partida em sequência dos garotos. Quando se lança o jovem, não dá para cobrar do mesmo jeito que com os outros. Algumas vezes poderiam ter tido mais calma, mais paciência, ter escolhido o companheiro melhor colocado. Mas precisamos ter paciência, porque é fundamental para que cresçam profissionalmente.   

Volta da torcida

– A torcida veio, ajudou, incentivou, gostou do primeiro tempo. Ficou um pouco apreensiva em determinado momento do jogo, mas volto a repetir, o Vasco em 2011 também teve muita emoção, faz parte, é jogo de Copa. Era importante passar, agora é a Ponte Preta, time de mais tradição, mais forte. E sim, claro que estávamos com saudade da torcida. Mesmo recebendo alguns elogios, é gostoso (risos).  

Juventude do ataque

– Não é justo ficarmos só cobrando dos meninos, teve um lance que o Fabrício errou. Tivemos dificuldades mesmo com um a mais, faltou cadenciar e se posicionar corretamente para valorizar e definir o jogo. Tivemos situações para definir para 2 a 1. Vamos ter mais paciência com eles. Por parte de nós não existe essa cobrança.  

Fabrício

– Ele entrou bem, eu o conheço desde o Cruzeiro. Entra, participa, valoriza, se apresenta, cria oportunidades, eu gosto.  

Maratona

– Provavelmente devem estar voltando quatro em breve, o grupo vai ficar mais fortalecido, vamos ver quanto vamos usar até o dia 3. Vamos atrás de nosso objetivo de ficar entre os primeiros. Já pensamos em algumas situações. 

Sequência da Copa do Brasil

– A Ponte Preta tem história, tem tradição, mas só depois da Copa do Mundo vamos ver, temos jogos antes pela Série B. Vamos recuperando, dando oportunidade para aqueles que entendemos que estão merecendo. 

Douglas Silva 

– Já era para ter feito um gol lá em Campina Grande. Tem um ótimo tempo de bola, ataca a bola, fez outro bom jogo. Vai ser uma briga boa quando o Rodrigo voltar.  

Troca de Marquinhos pelo Aranda  

– Queria chamar o adversário para contra-atacar, fazer o segundo gol e vencer. Fiz o mesmo contra o Atlético-GO e deu certo, fizemos gol e o Aranda entrou bem. Temos 200 milhões de treinadores, cada dia aprendo um pouco.

Fonte: GloboEsporte.com

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