São apenas dois jogos, mas o início do Vasco no Campeonato Brasileiro da Série B está muito longe do imaginado pela torcida vascaína. Principal clube da competição e considerado por muitos o time a ser batido no torneio, o Cruz-Maltino conquistou apenas um ponto em dois jogos disputados. Pior: ocupa hoje a 17ª posição, dentro da zona de rebaixamento para a Série C. Mas a palavra que explica bem o início irregular está sempre presente nas entrevistas recentes do técnico Adilson Batista: desfalques. Foi assim nas duas primeiras rodadas do Brasileirão, quando o Vasco foi a campo sem a espinha dorsal que o levou à decisão do Campeonato Carioca. E deve continuar do mesmo jeito pelo menos nas duas próximas partidas.
A estreia foi com um empate em 1 a 1 diante do América-MG em São Januário. No último sábado, derrota para o Luverdense por 2 a 1 na Arena Pantanal . Nas duas partidas, o Vasco foi a campo com pelo menos cinco desfalques: o zagueiro Rodrigo, os volantes Guiñazu e Pedro Ken, e os atacantes Everton Costa e Edmílson. Contra o clube do Mato Grosso, o goleiro Martín Silva também ficou fora. Assim, praticamente todos os principais jogadores de cada posição não puderam ir à campo.
E o cenário futuro não é nada animador. Segundo Adilson, só Martín deve reforçar a equipe na quarta-feira contra o Treze, em Campina Grande, pela Copa do Brasil, e sábado diante do Atlético-GO, em São Januário.
– Acho difícil (mais alguém voltar). Só o Martín mesmo. Tenho ainda o Henrique e o Jhon Cley à disposição. Em princípio são esses. Acredito que o Vasco vai fazer prevalecer sua experiência, tradição, qualidade… Tínhamos vários desfalques neste sábado. Não se remonta um time da noite para o dia. Tivemos uma sequência a partir da última terça e trabalhamos o time que foi a campo. Fizemos um bom primeiro tempo. Faltou ser mais incisivo e definir o jogo. Não dá para cobrar muito em função dessas ausências. Não vamos sofrer até o fim do campeonato. Pela tradição e qualidade do time, vamos melhorar em breve – avisou o treinador.
O momento complicado do time, no entanto, não preocupa Adilson. Perguntado se estava pressionado no cargo após duas rodadas sem vitória na Série B, o treinador garantiu estar tranquilo e disse que é preciso analisar o porquê dos tropeços.
– Pode ser (que exista uma pressão). Mas temos que analisar o motivo, o que aconteceu, a situação, o jogo. É assim que eu vejo. Estou bem consciente. Sabia das dificuldades e estou tranquilo. Temos que ter calma.
Fonte: GloboEsporte