O Vasco contratou quatro jogadores nesta janela, mas ainda há carências no elenco que o clube vai tentar atacar até o fim deste mês. Para isso, vai precisar se organizar financeiramente, já que o cenário pós-777 Partners não é dos mais favoráveis.
Havia uma expectativa de que a empresa que antes controlava a SAF vascaína tivesse separado parte do orçamento para investir na segunda janela. Mas não foi o que o clube associativo encontrou. Não há dinheiro, por exemplo, para compras de jogadores agora.
O diretor de futebol Marcelo Sant’Ana terá que ser criativo na janela e buscar jogadores ou que estão livres ou que chegariam sem custos. Por isso, como o ge informou, o nome de Yerry Mina está descartado pelo Vasco. Mas há outras negociações em andamento.
Para contratar, no entanto, será necessário organizar as contas. Há dívidas em aberto com jogadores (luvas não pagas desde janeiro do ano passado, por exemplo), clubes (parcelas de compras de atletas) e empresários (comissões das contratações).
A reportagem apurou que, em julho, o Vasco sofreu duas vezes o risco de ser punido com transfer ban na Fifa e ficar impedido de registrar atletas no meio de uma janela. Uma delas foi por causa de atraso no pagamento ao Nacional, do Uruguai, que vendeu Pumita Rodríguez ainda no ano passado. Esta não é a primeira vez que o clube uruguaio cobra a SAF vascaína.
Além das dívidas, o Vasco tem outro desafio na janela: diminuir a folha salarial, que é uma das mais altas da Série A. O departamento de futebol tenta encontrar destinos para atletas com pouco espaço no time, mas que comprometem parte considerável do orçamento mensal.
Em julho, o Vasco recebeu propostas por jogadores e algumas estão na mesa ainda, mas esbarra na vontade dos atletas, que não querem deixar o clube. Outro problema é que muitas equipes não estão dispostas a arcar com os salários altos que os vascaínos recebem.
O volante Galdames e os atacantes Erick Marcus, Rossi e Serginho são alguns dos jogadores pouco utilizados que poderiam ser negociados pelo Vasco. Nesta semana, o clube precisou adiantar a compra de Clayton junto ao Casa Pia, de Portugal, para poder emprestar o centroavante ao também português Rio Ave. Ele foi contratado na primeira janela e não se firmou no Rio.
A leitura do clube é de que o Vasco gastou muito, porém mal na primeira janela. Inchou o elenco e a folha salarial e não atacou as carências do elenco, o que será preciso fazer agora sem grana. A má atuação contra o Atlético-GO – 1 a 1 pela Copa do Brasil -, na quarta-feira, expôs a necessidade de mais contratações. Pelo menos um zagueiro e um atacante são urgentes nas próximas semanas.
Fonte: ge