Presidente do Vasco, Pedrinho disse em coletiva na sexta-feira que existe uma chance de aumentar a capacidade de São Januário no plano elaborado para a reforma do estádio.
– Tive uma reunião, e há possibilidade de sair de 47 para 57 mil pessoas, com ampliação de setor popular. Espero que isso seja confirmado – resumiu ele.
Mas como o clube vai acrescentar 10 mil lugares ao projeto?
Esse foi um pedido de Pedrinho em pessoa. Atento ao apelo de torcedores, o presidente solicitou aos arquitetos responsáveis pelo projeto que fizessem ajustes na tentativa de aumentar a capacidade do estádio. A ordem ocorreu há aproximadamente um mês.
Duas semanas atrás, em entrevista ao ge, o arquiteto Sérgio Moreira Dias já havia dito que estava debruçado sobre estudos para apresentar uma “nova configuração maior” ao projeto.
– Esses desenhos e conceitos foram se alterando. Primeiro, tinha que ser maior que 40 mil, porque tinha uma regra da Conmebol que se pretendia atingir. Passou um pouco, ficou em 43 mil. Veio outra gestão, que quis aumentar e passou para 47 mil. Agora a gente tem uma nova gestão, com as demandas do Pedrinho, com algumas considerações que a gente está fazendo – disse na ocasião.
As modificações do projeto foram apresentadas na semana passada. Pedrinho, a princípio, gostou do que viu, mas ficou de olhar com calma e dar um retorno em seguida. Na sexta, antes da coletiva de imprensa, ele ligou para o arquiteto e deu a sua aprovação.
Até o momento, foram feitos apenas ajustes internos. Para de fato sair do papel, o novo projeto ainda precisaria receber o aval da prefeitura do Rio e dos órgãos responsáveis. Provavelmente antes disso, Pedrinho pretende agendar um evento para apresentar os detalhes a torcedores e imprensa.
Como isso será feito?
O aumento da capacidade passa primordialmente pelas arquibancadas Norte e Sul do novo estádio, que serão chamadas de Barreira em homenagem à comunidade situada no entorno de São Januário.
Sergio Moreira e sua equipe de arquitetos (composta por Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias) conseguiram aumentar a capacidade dessas arquibancadas em 30%. Na opinião dele, esse é o máximo possível sem que o torcedor que fique no lugar mais alto não tenha a visibilidade do campo prejudicada.
Dessa forma, o número de lugares de arquibancada em pé vai corresponder a 74% da capacidade do estádio – antes, era 70%.
Os arquitetos apresentaram três opções a Pedrinho, que escolheu a que menos interfere na quantidade de camarotes e cadeiras cativas. Ou seja, será uma solução para aumentar os setores populares, mas sem impactar na relação econômica do futuro estádio.
– A gente faz um ajuste que entra por baixo do nível dos camarotes – explicou Sergio Moreira ao ge.
– A fachada externa, por exemplo, será a mesma. Só vai haver um aumento pequeno na altura do prédio para caber esse novo acréscimo. Também criamos um segundo anel de circulação. É claro que isso aumenta o custo, mas deverá ser um aumento suportável e adequado – completou o arquiteto, deixando a cargo de Pedrinho a divulgação de detalhes mais específicos.
Fonte: ge