A Vasco SAF entrou com agravo de instrumento contra a decisão liminar que tirou o controle do futebol da 777 Partners e o deu ao associativo. A medida da empresa pede a limitação de poder do CRVG, caso a liminar não seja derrubada, e requisita a formação de um Conselho Administrativo equilibrado entre os sócios.
A 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou na quarta-feira passada o pedido do Vasco e tirou o controle da SAF das mãos da 777 Partners. A decisão em caráter liminar é assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan.
Fontes ligadas à SAF do Vasco entendem que o agravo de instrumento contra a decisão liminar favorável ao clube associativo é para “proteger a governança da SAF e seus funcionários”.
Além disso, a SAF pede que a 777 Partners perca o direito político em relação ao capital que ainda não foi aportado, em referência aos próximos dois aportes que não foram realizados, e que o clube associativo se limite aos 30% que detinha antes da liminar.
No agravo, segundo fontes da SAF, não há uma sugestão de formulação de Conselho Administrativo. O pedido é de que seja formado um quadro equilibrado entre os sócios do Vasco.
777 aciona Embaixada dos EUA
Enquanto se prepara para recorrer da decisão judicial que a afastou da SAF do Vasco, a 777 também acionou a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A informação foi publicada primeiramente pelo jornal “O Globo”.
Segundo apurou o ge, a embaixada pediu informações e vai investigar a situação. Pessoas ligadas à 777 explicam que a ideia é buscar irregularidades na liminar concedida pelo juiz Paulo Assed Estefan. Caso isso seja provado, a embaixada pode considerar que houve um ataque ao capital americano no Brasil.
O movimento é uma estratégia da 777 para se resguardar juridica e financeiramente. A empresa já solicitou habilitação no processo, preparando o caminho para entrar com o recurso.
Clima conturbado
Na tarde desta segunda-feira, houve confusão e desentendimento na recepção do prédio comercial onde fica situado o escritório da SAF do Vasco, na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Um perito indicado pela Justiça para analisar os documentos da empresa, como desdobramento do processo que afastou a 777 Partners do comando do futebol vascaíno, teve o acesso negado pelo clube. A SAF entende que a perícia não tinha autorização para realizar o trabalho no dia. Segundo fontes ligadas à empresa, os peritos não tinham a documentação necessária.
Fonte: ge