Depois do fim da relação com Ramón Díaz, o Vasco está em busca de um novo treinador. Com o time no Z-4 do Brasileirão após quatro rodadas e a dura goleada sofrida para o Criciúma, o futuro comandante da equipe terá alguns desafios pela frente para um ano tranquilo em São Januário.
Entre a busca por um modelo de jogo e a adaptação dos reforços da temporada, como Adson e João Victor, que não vinham sendo aproveitados por Ramón Díaz, o ge separou os cinco principais desafios do próximo técnico do Vasco.
Encontrar o sistema tático
A primeira missão é corrigir os erros da equipe e definir um sistema de jogo. Depois da permanência na Série A, o Vasco começou a temporada de 2024 apostando em um sistema de três zagueiros. Até a partida de volta contra o Nova Iguaçu, quando Ramón Díaz adiantou Medel para a posição de volante.
Nas três primeiras partidas do Brasileirão, o Vasco utilizou um sistema 4-3-3 que lembrava o do ano passado. No entanto, com a volta de Payet depois de lesão, Ramón escalou um 4-2-3-1 que não deu certo. O buraco na frente da defesa se manteve, os pontas não voltaram para marcar, e o time ficou ainda mais exposto, com os volantes correndo para trás. A missão é começar o trabalho do zero, em meio à sequência de jogos e ao calendário apertado com Brasileirão e Copa do Brasil.
Posição do Payet
Esta é uma das principais questões do novo técnico do Vasco. No esquema que funcionou bem nas três primeiras rodadas, com dois pontas e três meias de marcação atrás de Vegetti, Payet teria que jogador aberto por um dos lados.
Aos 37 anos, o francês tem dificuldades para participar da recomposição jogando na ponta-esquerda. No entanto, as melhores atuações de Payet pelo Vasco foram com liberdade pelo meio. E agora, qual será a solução?
Extrair o melhor dos reforços
Um dos questionamentos da torcida e da direção do Vasco com o trabalho de Ramón Díaz em 2024 era o aproveitamento dos reforços. João Victor e Adson, os dois mais caros, não tiveram sequência no Brasileirão como titulares. O zagueiro foi titular apenas uma vez nas primeiras quatro rodadas, na ausência de Medel contra o Bragantino.
Já o atacante atuou em cerca de 60 minutos, sendo 34 deles na derrota contra o Criciúma, após o placar estar 3 a 0 para a equipe visitante. Nesta última rodada, o banco do Vasco somava cerca de R$ 85 milhões investidos em reforços — sem contar com Puma Rodríguez, que custou R$ 10 milhões e sequer foi relacionado.
Usar a base
Esta será uma missão sob os olhos da SAF do Vasco. Ramón Díaz revelou em uma coletiva que a 777 Partners, sócia-majoritária das ações do clube, pediu para que o treinador usasse mais jogadores da base.
De lá para cá, Rayan, Erick Marcus e JP ganharam minutos. Rayan, inclusive, tornou-se titular na partida contra o Criciúma, passando a frente de Rossi e Adson na fila da ponta-direita.
Mapear e indicar reforços
O novo treinador do Vasco terá de encontrar soluções caseiras de imediato para formar a equipe. Até o dia 10 de julho, data em que a janela de transferências reabre no Brasil, no entanto, também terá a missão de encontrar e mapear reforços para o clube.
Nisso, o novo treinador terá a companhia de Pedro Martins, diretor executivo do Vasco que ainda não foi anunciado, e do scout do clube e da SAF. Durante a conversa com os torcedores vascaínos, no CT Moacyr Barbosa, o CEO Lúcio Barbosa disse que contratará quem “tem que contratar” para somar ao elenco de 2024.
Até a chegada de um novo treinador, Rafael Paiva, técnico do Sub-20, comandará o Vasco. O primeiro desafio será na quarta-feira, contra o Fortaleza, às 19h, no Castelão. A partida é válida pela ida da terceira fase da Copa do Brasil.
Fonte: ge