Aos 70 anos, já aposentado e tendo garantido uma boa vida para a família nos mais de 40 anos de trabalho, Batista Freitas resolveu tocar um projeto para homenagear o clube do coração. O morador de Içara, em Santa Catarina, construiu no terreno da própria casa um espaço personalizado do Vasco.
O vídeo do salão, batizado por ele de “Espaço Vascaíno”, viralizou nas redes sociais nos últimos dias (veja acima). A casa, toda caracterizada de Vasco, serve de “museu” para a imensa coleção de itens do clube que Batista vem adquirindo ao longo dos últimos anos.
O espaço não é aberto à visitação, é privado, construído em um dos terrenos onde fica a casa do torcedor. A ideia surgiu em 2022, e a obra foi concluída em meados do ano passado. Batista investiu uma grana alta para não deixar o amor pelo Vasco morrer no Sul do país.
– Eu fiz pra resgatar um pouco do que se perdeu ao longo do tempo aqui na região. Por causa das dificuldades do nosso clube foram crescendo torcedores de outros times. As crianças ficam loucas quando veem. É mais para o Vasco do que pra mim – contou ele ao ge.
Tudo começou quando o Vasco iniciou a reforma do CT Moacyr Barbosa, em que contou com a ajuda de torcedores. Batista foi um dos que ajudou o clube nas quatro fases da obra. Ele então recebeu quatro moedas comemorativas e decidiu iniciar uma coleção de produtos vascaínos. Passou a comprar camisas, casacos, calções, medalhas, copos, bonés e tudo mais do Vasco.
– Veio na minha cabeça que eu tinha que fazer algo mais. Resolvi construir uma sala em casa para colecionar coisas do Vasco. Aumentei a coleção, a sala ficou pequena e peguei uma área da piscina para construir esse espaço – explicou o torcedor.
Batista contratou uma arquiteta para cuidar dos mínimos detalhes, desde a Cruz de Malta na faixa preta que corta a entrada do salão até os móveis internos, onde ficam expostos os itens de sua coleção. Ele está montando um sistema com “QR Code” para catalogar todos os produtos.
– Construí aquilo que caracteriza mais o Vasco. A Cruz de Malta acende todo dia das 18h às 0h. Dá pra ver quase da cidade toda. Dentro é tudo em preto e branco. Devo ter uns dois mil itens – disse Batista empolgado.
O torcedor começou a se apaixonar pelo Vasco na adolescência, quando viu grande parte dos moradores do bairro onde morava torcer pelo clube carioca.
– Entrei nessa vibe e nunca mais larguei. Tem bastante vascaíno aqui. Participo de seis grupos sobre o Vasco no Brasil, e três são aqui na região – afirmou.
– Minha esposa no início ficou meio queimada, porque gastei muito dinheiro com isso. Tem coisa que nem falo pra ela (risos). Mas ela me entende, queria fazer algo por mim e pelo Vasco. Já tenho 72 anos, não queria ir embora sem fazer isso – concluiu Batista.
Fonte: ge