Centroavante comenta rápida identificação com a torcida e lembra momentos marcantes da temporada: “Demonstramos caráter, valentia e muita coragem”.
Aos 35 anos, Pablo Vegetti decidiu sair da zona de conforto e partir para novos desafios. Deixou a Argentina, onde atuou nos últimos 10 anos, para salvar o Vasco de um rebaixamento no Brasil.
O centroavante só não esperava passar tanto sufoco. Mas no fim valeu a pena. Ídolo do Belgrano, ele também conquistou o carinho da torcida vascaína, o que o surpreendeu pela rapidez. Importante na recuperação do time, ele espera que a briga seja diferente no ano que vem.
– Queria vir aqui e buscar um pouco de tranquilidade, mas foi tudo ao contrário (sobre assédio e identificação rápida da torcida). Vasco é muito grande e tem que brigar por coisas muito maiores. Tem que mudar a energia, a mentalidade, Vasco tem que crescer muito – alertou o jogador argentino à VascoTV.
Apesar da tensão e do estresse que a situação do Vasco causou, Vegetti disse que nunca duvidou que o time se salvaria. Ele tem contrato com o clube até meados de 2025.
– Uma decisão que não foi fácil. Mudar a família da Argentina, sabendo que vínhamos para lutar contra o rebaixamento. Mas sempre acreditei que iríamos conquistar o objetivo. Passamos por muitos momentos dentro do campeonato, mas a gente mudou a energia, a forma de jogar, e acreditamos no treinador e na comissão técnica. Era uma situação muito estressante, brigar na parte inferior. As emoções contam muito, mas cumprimos o objetivo e estou muito feliz.
Vegetti conquistou a titularidade de cara e terminou o ano com 10 gols e uma assistência em 21 jogos pelo Vasco. Ele lembrou o momento mais marcante da temporada e também as vitórias contra times que brigavam na parte de cima da tabela do Brasileirão.
Acredito que foi após o jogo contra o Goiás. A gente ficou muito abalado e, depois da vitória sobre o Cuiabá, tivemos uma sequência muito boa – destacou Vegetti, que concluiu:
– Ganhamos do Fluminense, do Atlético-MG, merecemos ganhar do Palmeiras. Contra os times que brigaram na parte debaixo com a gente, não fomos tão bem. Mas, contra times que estavam disputando o título, demonstramos caráter, valentia e muita coragem. Foi o ponto principal para que o Vasco não tenha caído.
Fonte: ge