Vascaíno, Pelé criou laços com o Rio de Janeiro e o Maracanã

Mineiro de Três Corações, Pelé construiu carreira em Santos, São Paulo, mas também criou íntimos laços com o Rio de Janeiro. Torcedor do Vasco, o Rei também vestiu as camisas de Flamengo e Fluminense, e marcou o histórico milésimo gol no Maracanã.

Pelé e o Rio de Janeiro

– Pelé atuou oficialmente pelo Santos, Cosmos, dos Estados Unidos, e seleção brasileira
– Ele defendeu Vasco, Fluminense e Flamengo em amistosos
– O Santos já teve o Maracanã como casa
– O milésimo gol foi marcado no Maracanã, em um duelo com o Vasco
– O Rei tem os pés na calçada da fama do “Maior do Mundo”

A ligação com o Vasco

Pelé nunca escondeu a relação que teve com o Vasco. Torcedor do clube na infância, ele fez a estreia no Maracanã com a cruz-de-malta no peito. O “Atleta do Século” vestiu a camisa do clube de São Januário ainda adolescente, em um combinado entre Vasco e Santos.

“Praticamente, minha carreira começou com a camisa do Vasco. Para os mais jovens, que não se lembram, teve um combinado Santos e Vasco em 1957, aqui no Maracanã, e joguei com a camisa do Vasco. Foi o que abriu as portas para ir à seleção brasileira”, disse em entrevista ao Lance!

Coração cruz-maltino?

Em mais de uma oportunidade, Pelé declarou ser torcedor do Vasco. Em 1967, ainda atuando profissionalmente pelo Santos, fez tal apontamento em uma entrevista ao Museu da Imagem e do Som.

“O time do meu coração sempre foi o Vasco. Gosto muito do Vasco. Não tenho nada contra o Corinthians, mas não era [meu time]. O meu irmão [Zoca], quando a gente jogava botão, sempre pegava o Palmeiras, ele era palmeirense. Às vezes, eu jogava com o Corinthians, mas se tivesse que escolher, escolheria Vasco”

Santos já teve o Maracanã como casa

Na década de 60, o Santos de Pelé adotou o Rio de Janeiro como casa e o Maracanã foi palco de títulos importantes, como o bi da Libertadores e Mundial.

Ao todo, foram seis jogos e quatro topos do pódio conquistados. No estádio, o Peixe venceu o Benfica, de Portugal, no Mundial de 62; o Boca Juniors, da Argentina, na decisão da Libertadores de 63; o Milan, da Itália, no Mundial do mesmo ano; e o Peñarol, do Uruguai, na Recopa Sul-Americana de 1968.

O gol 1.000

No dia 19 de novembro de 1969, o camisa 10 teve o Maracanã como cenário ao escrever mais um capítulo da história particular e do futebol. Em uma vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, ele superou Andrada em cobrança de pênalti e marcou o milésimo gol.

Após uma volta olímpica no estádio, Pelé vestiu uma camisa cruz-maltina com o número 1.000 às costas.

A coincidência com o Fluminense

Pelé encerrou a carreira nas quatro linhas em 1977, pelo New York Cosmos. No ano seguinte, defendeu o Fluminense em um amistoso na Nigéria no qual não havia a programação de entrar em campo.

“Em abril de 1978, quis o destino, Fluminense e Pelé estavam ao mesmo tempo na Nigéria. O Flu faria um amistoso contra o Racca Rovers e Pelé daria o pontapé inicial. A imprensa local, porém, divulgou que Pelé jogaria. Não teve jeito. Se ele não jogasse, uma tragédia poderia ocorrer no estádio, que estava lotado. Pelé atuou então no primeiro tempo. O time tricolor tinha Marinho Chagas, Arthurzinho, Rubens Galaxe, Edevaldo, entre outros”, lembra Dhaniel Cohen, gerente do Flu-Memória

“Era uma equipe que já vivia o cenário pós-Máquina, com várias revelações da base, iniciando a montagem do elenco que seria campeão estadual depois em 1980. O Flu venceu por 2 a 1. Na história ficou o registro de Pelé não só vestir, como jogar e vencer com a tradicional camisa branca do Fluminense”, apontou

Flamengo

Em abril de 1979, o “Atleta do Século” defendeu o Flamengo em um amistoso beneficente com o Atlético-MG, no Maracanã. O Rubro-Negro, que contou também com Zico, venceu por 5 a 1. Na ocasião, o Galinho, maior ídolo da história do clube da Gávea, vestiu a camisa 9, deixando a 10 para o Rei. O valor arrecadado na partida foi encaminhado às vítimas de enchentes que aconteceram em Minas Gerais naquela ocasião.

Fonte: UOL

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