Após a derrota para o CSA, na última quinta-feira, o Vasco está tendo uma pausa de 10 dias até o próximo compromisso, às 16h de domingo, diante do Bahia. Em coletiva nesta quinta, o meia-atacante Nenê disse que o último resultado ficou pra trás e que o time tem que encarar o jogo na Arena Fonte Nova como uma final.
Uma das principais pendências que Emílio Faro precisou resolver nos dias livres foi encontrar a melhor forma de encaixar Alex Teixeira no time. Após quatro jogos, o atacante ainda não rendeu. Ele e Nenê podem jogar juntos? O camisa 10 garante que sim e prevê a evolução do Vasco com a dupla.
– O Alex é um cara de muita qualidade técnica, muito inteligente. Foram poucos jogos, ainda não conseguimos um entrosamento ideal. Tivemos duas derrotas fora de casa. Acho que ele não é um jogador que vai fazer com o que o sistema defensivo melhore ou piore. Mas temos que pensar como ajustar nessa fase decisiva. O nosso diferencial tem que ser na parte ofensiva. Temos que ajustar como compensar defensivamente. E o entrosamento vai vir cada vez mais. Nos próximos dois, três jogos estaremos no nosso melhor.
A entrevista de Nenê teve espaço não só para falar sobre o presente, mas também sobre seu futuro em São Januário. Aos 41 anos, o meia-atacante disse querer jogar uma Libertadores pelo Vasco.
– Sempre quero mais. Fico feliz por conseguir performar e ter essa regularidade. Minha missão é ajudar o Vasco a conseguir subir de divisão. Me sinto horado de ter esse respeito e carinho no Vasco. Passa ano após ano e sempre quero jogar mais dois anos (risos). Essa é a minha maior alegria. Quero sempre mais. Com 41 anos, ainda estar jogando em um clube grande e performando, me deixa motivado. Meu sonho é jogar a Libertadores pelo Vasco. Tenho que aguentar mais dois anos, até os 43 (risos).
Outras declarações de Nenê:
Situação do Emílio Faro como interino
– Não é a gente que tem que decidir, mas é um cara que está com a gente desde o começo, a gente tem uma confiança muito grande, um cara sensacional, que conhece o grupo. A estrada está bem pavimentada, aconteceram alguns resultados que não têm nada a ver com ele, como o último, então a gente não pode tomar decisões equivocadas. O que for decidido a gente vai estar junto, o diferencial desse grupo é a união, todos no mesmo caminho para conquistar o objetivo. Se ele for ficar até o final, temos total confiança, vem fazendo excelente trabalho.
Duelo contra o Bahia
– Quando enfrentamos os rivais diretos pelo G-4, são jogos com cara de Série A, ambiente de final. E acredito que será assim contra o Bahia. Com as lições dos últimos jogos, vamos redobrar a atenção e entrar em campo como se fosse uma final.
Como foi a semana de trabalho?
– Foi um foco estratégico para esse jogo. Foi uma final, treinamos muito a parte defensiva. Mais a parte estratégica visando esse jogo. Foi uma semana muito intensa. Todo mundo focado. Ficamos muito frustrado com o resultado. Tivemos uma conversa com Emílio, vimos o que erramos. Foi uma semana muito forte, intensa, e o Emílio focou mais nessa parte estratégica do jogo. É só isso que eu posso falar (risos).
Desempenho ruim contra o CSA e Bahia pela frente
– Vai ser uma final contra o Bahia. A gente não ficou tão preocupado (com o jogo contra o CSA), porque foram gols muito rápidos. Claro que não foi o jogo que nós queríamos, mas se toma o gol em um minuto e o segundo gol é uma infelicidade, vai por água abaixo toda estratégia da semana e é difícil fazer um prognóstico. Não é um jogo para se basear. Tivemos uma reunião só a gente e o Emílio, conversamos, temos que ir mais estratégicos para não perder mais pontos dessa maneira. A gente está com a alerta ligado, o mental tem que estar forte nesses momentos.
Motivos da irregularidade
– É um pouco de tudo. Temos que melhorar a atenção fora de casa. Levamos um gol no primeiro minuto. Em casa, com nossa torcida, está tudo certo. Temos que prestar atenção nas coisas. Perdemos após uma grande vitória em casa, com aquela euforia. De repente demos uma relaxadinha. E contra nós os adversários são diferentes. Dão a vida. Muitos gostariam de estar aqui onde estamos. Então temos que manter a concentração desde o início do jogo para não levar gol e estragar a estratégia.
De olho na tabela
– Com certeza olhamos a tabela, olhando para baixo. O primeiro lugar já está muito à frente. O primeiro objetivo é distanciar do quinto. Temos que nos preocupar em fazer o nosso. Sem fizermos bem feito, o que acontecer abaixo de nós não será importante. Temos que focar mais fora de casa, ter um mental mais forte, somos o Vasco da Gama. Com respeito aos outros, temos que buscar as vitórias em qualquer lugar. Estamos acompanhando. Temos que nos ligar para não perdermos essa gordura.
Fonte: ge