A iminente volta de Fernando Prass ao Vasco pretende resolver um problema do presente, assim como o ex-jogador solucionou outro em campo no passado. Após cinco anos de goleiros que não se firmaram, desde a saída de Fábio para o Cruzeiro em 2004, o camisa 1 então quase desconhecido chegou em 2009, assumiu a titularidade, foi campeão e virou ídolo.
Quase dez anos após trocar o Vasco pelo Palmeiras, Prass é o escolhido do presidente Jorge Salgado para assumir o cargo de coordenador técnico – ele deve atuar ao lado do gerente Carlos Brazil e de um diretor executivo ainda a ser contratado. Desde que se aposentou no ano passado, quando defendia o Ceará, o ex-goleiro fez cursos de gestão esportiva e tenta iniciar nova carreira. Viria para ajudar a resolver a má condução do departamento de futebol vascaíno em 2021.
Prass chegou em 2009 para a disputa da primeira Série B do Vasco vindo de Portugal, onde defendeu o União de Leiria. No ano anterior, Rafael foi o titular na reta final da campanha que culminou com o rebaixamento: o time teve a segunda pior defesa do campeonato, com 72 gols sofridos. Mesmo com boa passagem pelo Coritiba no começo da década, a contratação de Prass foi uma aposta. Havia desconfiança dado os problemas na posição. Em pouco tempo, mostrou-se acertada.
Números de Prass pelo Vasco
248 jogos: 120V, 70E e 58D
Campeão da Série B (2009) e da Copa do Brasil (2011)
O Vasco subiria sem dificuldades para a Série A, competição que no ano seguinte deu a Prass provavelmente as defesas mais espetaculares na passagem pelo Vasco. Contra o Flamengo, no Maracanã, o goleiro fez uma sequência de três intervenções para garantir o empate por 0 a 0 (veja no vídeo acima). Após o jogo, disse que tinham sido as mais difíceis da carreira.
A boa fase alcançou o auge com o título da Copa do Brasil de 2011 e com as boas campanhas na Libertadores e no Brasileirão da temporada seguinte. Prass, definitivamente, entrou para a história e virou ídolo. Àquela altura, porém, a má administração do clube cobrou preço. Incomodado com os constantes atrasos salariais, Prass decidiu sair do clube e se transferir para o Palmeiras.
Em 2013, os problemas no gol voltaram. Michel Alves e Alessandro e Diogo Silva se revezaram e não conseguiram suprir a ausência do antecessor. O Vasco voltou a ser rebaixado e só com Martín Silva voltou a ter uma referência na posição.
Caso se confirme a contratação, o agora dirigente terá de lidar com a administração de problemas como o atraso de salários, um clube que precisa voltar para a Série A e goleiros que geram dúvidas na torcida – Lucão e Vanderlei terminaram o ano em baixa. Algo que Prass conhece bem.
Fonte: ge