Vasco, virtualmente sem chance de acesso, e Vitória, perto do rebaixamento, fazem jogo melancólico na Série B

Um tetracampeão brasileiro, com três títulos sul-americanos, uma Copa do Brasil e uma legião de fãs. Contra um dos clubes mais tradicionais do país, detentor de quatro Copas do Nordeste e um vice-campeonato brasileiro. Vasco e Vitória, ao longo de suas centenárias histórias, arrastaram multidões e criaram milhares de torcedores apaixonados, mas atravessam um dos seus piores capítulos e se enfrentam hoje (10), às 21h30, em São Januário (RJ), em tom melancólico e de drama na Série B.

O Cruzmaltino já está virtualmente sem chances de acesso e, pela primeira vez, vai permanecer na Segunda Divisão após outras três oportunidades em que obteve êxito (2009, 2014 e 2016). O clima é de terra arrasada e muita pressão por parte de torcedores, dirigentes e integrantes da oposição. As principais cobranças são por mudanças profundas no departamento de futebol, comandado pelo diretor-executivo Alexandre Pássaro. Do elenco montado para esta temporada, o único reforço que conseguiu unanimidade foi Nenê, que chegou já na reta final da Série B e tem contrato até dezembro de 2022.

Foram colocados à venda cerca de 20 mil ingressos para a partida desta noite, mas a expectativa é de um público baixo e de que ocorram alguns protestos por parte dos torcedores. Ontem (9), em nota oficial, a diretoria do Vasco informou que “já iniciou o projeto de planejamento para a temporada de 2022”.

Pelo lado do Rubro-Negro baiano, o jogo é encarado como de vida ou morte. O clube de Salvador (BA) está em penúltimo e a quatro pontos do 16º, que é o Brusque, restando apenas quatro rodadas para o término da competição. Uma derrota o deixaria ainda mais à beira da segunda Série C de sua história (a primeira foi em 2006, quando sagrou-se vice-campeão). O Vitória está na Série B desde 2019.

“Esse jogo é importante, de três pontos, que a gente precisa vencer para elevar as chances de permanência na Série B, para não levar os números para um lugar que a gente não consiga mais alcançar. Matematicamente é um jogo muito importante, mas depende dos outros resultados. Se a tabela de baixo continuar sempre com os mesmos números, vai se prorrogando essa matemática. A gente espera um bom resultado, mas, se todo mundo não vencer, continua da mesma maneira”, declarou o técnico Wagner Lopes.

Fonte: UOL

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