A entrada do meia Gabriel Pec, no jogo-treino do Vasco contra o Volta Redonda, no último sábado, mudou a cara da equipe e foi determinante para a vitória por 2 a 1. Com um futebol ofensivo e disposição, o jovem de 19 anos sofreu o pênalti desperdiçado por Cano e a falta que resultou no gol de Bruno César. A atuação elogiada não foi por acaso, segundo o coordenador científico do clube, Marcos Cezar. Para o fisiologista, o sucesso pode também ser atribuído a um trabalho especial de condicionamento que tem sido feito com atletas vindos da base.
– Todos os meninos que subiram das categorias de base estão em processo de formação. Temos um cuidado muito grande com o trabalho deles, não só na questão técnica, mas também na construção física. O Pec é um desses atletas que vieram da base e com os quais temos um cuidado especial. Fazemos um trabalho para eles aumentarem a massa muscular e os níveis de força. A gente percebe nos treinamentos e nos jogos que o trabalho vem dando resultado – afirmou Cezar, em entrevista à Vasco TV, no último sábado.
Além de Pec, outros nomes do elenco tem sido observado de perto e recebido atenção especial do técnico Ramon Menezes. Desde os tempos de auxiliar ele tem ajudado na transição dos jovens talentos.
Os ex-treinadores Vanderlei Luxemburgo e Abel Braga, dos quais Ramon fez parte da comissão técnica, gostavam de aproveitar jogadores da base e promoveram, entre o ano passado e o no início desse ano, nomes considerados grandes promessas na Colina. É o caso dos meias Bruno Gomes e Gabriel Pec e do atacante Talles Magno. Outros que vem tendo oportunidades são os zagueiros Miranda e Ulisses, o lateral-direito Cayo Tenório e lateral-esquerdo Riquelme.
Calendário preocupa
Outra preocupação da comissão técnica é com o desgaste que o calendário apertado vai exigir dos atletas, depois de longo período de inatividade. No jogo-treino contra o Voltaço, o Departamento de Fisiologia recomendou à comissão técnica que o zagueiro Castan e os meias Benítez e Vinícius fossem poupados para diminuir o risco de lesões.
– Temos feito um controle individual da carga de todos os jogadores. É uma situação singular do futebol onde tivemos 77 dias sem atividades. Temos praticamente oito semanas de trabalho. O grupo está atingindo um nível que entendemos ser o ideal para suportar um calendário que vai ser muito mais apertado do que o do ano passado. A partir do momento que os jogos tiverem início, vamos entender um pouco melhor o que toda essa preparação representou. Os trabalhos são planejados por toda a comissão técnica e temos tudo para fazer um bom Brasileiro – explicou o coordenador científico.