Os presidentes do Fluminense, Pedro Abad, e do Vasco, Alexandre Campello, além do presidente do Consórcio Maracanã, Mauro Darzé, participaram da edição desta segunda-feira do programa Bem, Amigos!, do SporTV, para dar suas versões após as cenas lamentáveis do último domingo, no Maracanã, pela final da Taça Guanabara.
Separadamente, os dirigentes participaram do programa por 20 minutos para apresentar os argumentos e fecharam as portas para um acordo: os dois exigem o setor Sul das arquibancadas para jogar no Maracanã. Darzé falou por 10 minutos.
O mandatário vascaíno foi o primeiro. Campello insistiu em lembrar do direito adquirido do clube pela vitória em 1950 e narrou a sequência de fatos até conseguir a abertura dos portões, já aos 30 minutos do primeiro tempo. O dirigente garante que tanto a Ferj quanto o Complexo Maracanã Entretenimento (CME) garantiram o setor Sul aos torcedores cruz-maltinos.
– Eu tinha a opção de mandar o jogo no Engenhão e disse tanto para o presidente do Complexo Maracanã quanto para o presidente da federação que só jogaria no Maracanã se houvesse essa possibilidade. Isso depois de o presidente do Complexo Maracanã, Mauro Darzé, dizer que o Fluminense tinha o direito de colocar sua torcida no Sul quando fosse mandante, e não visitante.
Veja a participação de Campello na íntegra:
Presidente do Vasco, Alexandre Campello, relata o lado do clube na confusão da final da Taça Guanabara
Pedro Abad, por outro lado, lembrou do contrato firmado com o CME e acusou o complexo de tentar favorecer o Vasco por interesses comerciais. O dirigente tricolor afirmou ainda que tentou enviar notificação ao clube rival, mas os advogados foram recebidos na porta de São Januário com ameaças.
– Foi uma decisão comercial. O Consórcio está querendo “seduzir” o Vasco, se aproximar deles comercialmente, e está acenando com a quebra do direito do Fluminense. É exatamente isso. Só que contrato é contrato, tem que respeitar.
– Se as decisões judiciais fossem cumpridas, essa polêmica não existiria. Nós ficamos descontentes, porque não tivemos torcida no estádio, mas temos que procurar quem deu causa a isso. Quem fugiu ao direito? Quem descumpriu ordem judicial? Se formos por esse caminho, a gente vê com muita facilidade que o Fluminense não é responsável por isso – destacou Abad.
Veja a participação de Abad na íntegra:
Presidente do Fluminense, Pedro Abad, relata o lado do clube na confusão da final da Taça Guanabara
No fim do programa, o presidente do Consórcio Maracanã também participou ao vivo por telefone. Mauro Darzé manteve a posição de que o Fluminense tem direito preferencial no setor Sul como mandante, e que teve diálogo, mas o Tricolor dificultou. Para Darzé, qualquer discordância deveria continuar a ser tratada na segunda-feira pós-jogo.
– É muito difícil acordar numa segunda-feira, ler o jornal e ver aquela foto, para mim emblemática, de uma senhora segurando um bebê tentando fugir de alguma confusão em vez de entrar no estádio. O Maracanã em nenhum momento descumpriu a decisão da Justiça ou o contrato com o Fluminense… O Maracanã respeita todos os clubes, não podemos colocar nenhum obstáculo para que o Vasco volte a mandar seus jogos no Maracanã.
O presidente do Maracanã confirmou ainda que o Fluminense está inadimplente com o Consórcio.
Veja a participação de Darzé na íntegra:
Presidente do Consórcio Maracanã revela detalhes e a posição do estádio sobre confusão na final da Taça Guanabara