Bate boca e acusações: Eurico e CEP aparecem no meio de audiência sobre Maracanã e clima esquenta

audiência pública sobre o imbróglio envolvendo o Maracanã já havia começado há mais de uma hora, nesta quinta-feira, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Os presidentes de Flamengo e Fluminense, Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad, respectivamente, chegaram cedo e acompanhavam com atenção as explanações dos deputados e, em seguida, começaram a dar suas posições sobre o tema. O clima de calmaria foi quebrado quando Eurico Miranda, presidente do Vasco, adentrou à sala. Com seu casaco bege e seus famosos suspensórios, o mandatário cruzmaltino cruzou a frente dos colegas da dupla Fla-Flu, comprimentando os parlamentares um por um e interrompendo o raciocínio de Bandeira de Mello, que o quiestionou:

– Presidente, quer falar antes de mim?

Foi o primeiro ato de uma série de debates, que incluindo ainda o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira. Acusações de falta de ética dele ao Rubro-Negro tumultuaram a sessão. Que revelou distanciamento entre as partes e terminou sem nenhum efeito prático.

Duas pessoas deram lugar aos presidentes de Vasco e Bota, que se sentaram à direita da mesa onde estavam os Abad e Bandeira. Nenhum dos dois estavam na lista divulgada de convidados, mas garantem que foram chamados. E como se trata de uma audiência pública, fizeram questão de participar. Estiveram ainda na reunião o secretário de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, Thiago Pampolha, o chefe de gabinete da Casa Civil, Marcelo Queiroz, e o procurador da Ferj, Sandro Trindade. Eurico pediu a palavra. E se posicionou contra a intenção do Fla.

– O que não pode é ter condições de permitir a mutreta, a sacanagem que aconteceu esse tempo todo. Gestão é outra coisa. Não pode ser um clube gerindo o Maracanã. Não tem condições. O Maracanã não pode ser dado a um clube. Os quatro clubes têm que ter tratamento isonômico. Claro que o Maracanã não é do Flamengo. É do povo! E o Vasco faz parte desse povo – bradou.

Na sequência, foi a vez de Carlos Eduardo Pereira. Ele disse que o Botafogo não pede ajuda de custo a ninguém para operar o Nilton Santos. Disse que o Maracanã deve ser usado por todos, assim como permite que outros clubes usem a casa alvinegra. A única exceção é o Flamengo.

– A minha sugestão é que a gente desarme os espíritos e discuta algo justa. O Maracanã deve ser de todos, assim como é o Nilton Santos. Só o Flamengo não pode jogar lá pois é um clube que nao tem ética e trata os temas com modos inadequados – disse.

Bandeira de Mello o interrompeu:

– Que negócio é esse? Ética é obrigação no Flamengo.

O bate boca continuou, inclusive com pessoas da plateia. O deputado Chiquinho da Mangueira, que presidia a audiência, teve de intervir e interromper a discussão. Minutos depois, a audiência foi aberta a perguntas do público. Duas manifestações foram feitas. Logo depois, a reunião foi encerrada. Sem nenhuma conclusão ou entendimento quanto ao futuro do Maracanã. Uma nova audiência, desta vez na Câmara de Vereadores, será realizada no próximo dia 9 de maio para debater o assunto.

Fonte: GloboEsporte.com

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