O Vasco da Gama encerrou na segunda-feira sua participação na temporada 2016/2017 do Novo Basquete Brasil. O triunfo do Pinheiros no Ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, sacramentou a classificação dos paulistas para as quartas de final, onde vão encarar o Flamengo, e a eliminação cruz-maltina. A partir daí, pairou no ar a dúvida sobre a continuidade ou não do projeto do basquete do time da Colina, já que o vice-presidente de basquete e esportes de quadra, Fernando Lima, se mostrou descontente com a campanha e disse que isso dependia única e exclusivamente da decisão do presidente Eurico Miranda. Em entrevista ao GloboEsporte.com nesta quarta-feira, o dirigente afirmou que os vascaínos podem ficar tranquilos, pois o projeto continua. Ele, aliás, demonstrou que a ideia é desenvolvê-lo mais ainda.
– Ano que vem vai ser melhor. Estou dizendo que o projeto, o basquete do Vasco, não acaba. Ano que vem será melhor ainda. Foi o primeiro ano do Vasco no retorno ao NBB. Eu continuo com o basquete de base, como sempre teve aqui no clube. E a equipe de basquete para o ano que vem será melhor ainda. Melhor ainda é melhor do que a equipe que montamos esse ano. Essa é a ideia – comentou Eurico Miranda.
O Vasco investiu consideravelmente na volta à elite do basquete. Campeão da Liga Ouro no ano passado, a equipe contratou peças importantes como David Jackson, Murilo e Nezinho para a disputa do NBB. Os dois primeiros já foram MVP’s do Novo Basquete Brasil em outras temporadas, e o terceiro é tido como um dos armadores mais experientes do país. Além deles, renovou contratos do time campeão e ainda trouxe o técnico Dedé Barbosa do Rio Claro, que desistiu do torneio neste ano.
O Vasco tinha a ambição de ir mais longe neste primeiro ano. Nos bastidores, considerava boa uma campanha até as quartas de final, por exemplo, dependendo do rival que viesse pela frente. O chaveamento contra o Pinheiros, time que o Cruz-Maltino venceu por duas vezes na temporada regular, foi bem recebido no clube. A derrota por 3 a 2, porém, deixou um entendimento de que era possível ir mais longe mesmo no primeiro ano da equipe no NBB.
Além disso, o Vasco não conseguiu um patrocinador para a equipe de basquete. O time jogou sem nenhuma logomarca exposta na camisa. A questão trouxe questionamentos internos no Cruz-Maltino, já que o basquete foi teoricamente bancado por um dinheiro que poderia ser destinado ao futebol, por exemplo, mas teve que migrar para outra modalidade. Para Eurico, isso não procede, e a decisão da sequência do projeto é dele.
– Essas afirmativas não procedem. Quem é que sabe de onde vem o dinheiro? O dinheiro vem do futebol? Porque que o dinheiro vem do futebol? O dinheiro do Vasco não vem só do futebol, vem do quadro social, de outros convênios e situações. O dinheiro não é exclusivamente do futebol. E outra coisa. Eu como presidente do Vasco, não tenho pressão interna ou externa. Isso não existe. O basquete continua e melhor. É isso que eu tenho a dizer – finalizou.
Fonte: GloboEsporte.com