Vasco e Pinheiros faziam um jogo com relativo equilíbrio, apesar da pequena vantagem vascaína no placar. Na volta para o segundo tempo, porém, os cruz-maltinos desandaram a acertar bolas de três (somente seis no terceiro quarto), disparando no marcador. A vitória por 79 a 73 faz o time da Colina empatar o playoff em 2 a 2 e adiar a decisão da vaga para segunda-feira, às 19h30, em São Paulo. Quem passar no duelo entre as duas equipes encara o Flamengo nas quartas de final do NBB 2016/17.
Com 14 pontos, sendo 12 em cestas de três, o veterano Márcio Dornelles foi o destaque da vitória vascaína em São Januário. Pelo lado do Pinheiros, brilhou a estrela de Bennett, cestinha do jogo com 19 pontos, e Holloway, que contribuiu com dez pontos e seis assistências. O armador vascaíno Nezinho, com 14 pontos e quatro assistências, também deixou a quadra aplaudido, assim como o pivô Murilo, que teve boa atuação no último quarto e terminou o duelo com 14 pontos.
– A gente tem que jogar um jogo de cada vez. Desde o início da série, falei que seria difícil, um playoff longo. Essa foi a partida que a gente oscilou menos, cometemos menos erros e controlamos o jogo em vários momentos – afirmou o técnico vascaíno Dedé Barbosa.
Início empolgante
Empurrado por sua torcida, o Vasco começou o jogo a todo o vapor. David Jackson abriu o placar na primeira bola da partida. O Pinheiros não se intimidou e logo virou com cestas de Teichmann e Holloway. Os lances foram um prenúncio do que seriam os minutos seguintes. Mais preciso no ataque, o time paulista passou a dominar, abrindo 11 a 4. Aos poucos, porém, o Vasco foi reagindo e encostando no placar. Numa bola de dois de Hélio, a equipe da Colina ficou a um ponto do empate. A cesta da virada veio numa infiltração de Nezinho a 34 segundos do término: 14 a 13. O mesmo Nezinho ainda acertou uma de três antes do estouro do cronômetro, definindo o placar do quarto em 17 a 15 a favor dos Cruz-maltinos.
O jogo seguiu movimentado no segundo quarto. Ansaloni abriu o marcador para o Pinheiros. Wagner respondeu com uma cesta no garrafão. Pouco depois, Palacios acertou um chute de três, fazendo 24 a 20. Na metade do quarto, o Vasco passou a apresentar as habituais oscilações, e o Pinheiros voltou a crescer na partida. Após uma cesta de três de Bennett, o time visitante fez 29 a 28, obrigando Dedé Barbosa a pedir tempo. A bronca surtiu efeito. Em menos de um minuto, o Cruz-maltino passou à frente do marcador novamente. Numa cesta de três de Márcio, o Vasco marcou 35 a 29, o que fez com que o técnico César Guidetti pedisse tempo. Apesar da parada, o Cruz-maltino conseguiu se manter na frente até o final, indo para intervalo vencendo por 35 a 31.
Mãos vascaínas calibradas
O terceiro quarto começou com uma cesta de três de Murilo, levantando a torcida vascaína. O lance deu confiança ao time da casa e, segundos depois, Márcio chutou outra para três e fez 41 a 31. Os cruz-maltinos estavam mesmo com a mão calibrada no segundo tempo. Aos dois minutos jogados, foi a vez de Gaúcho acertar um chute de três. A cinco minutos do fim, Ansaloni cortou a diferença para sete pontos (47 a 40), ligando o alerta vascaíno. No entanto, o Vasco voltou a pontuar em bolas de três. A dois minutos do fim, Márcio acertou mais um chute da zona morta fazendo 55 a 45. A partir de então, o time da Colina apenas administrou a vantagem, indo para o último quarto com um placar favorável de 59 a 49.
Precisando da virada para conquistar a classificação sem a necessidade do quinto jogo, o Pinheiros foi para o tudo ou nada no quarto período. Gemerson abriu o placar numa bola de três. O Vasco respondeu com pontos de Hélio e David Jackson, voltando a liderar o placar com folga. O time visitante voltou a ter um alento após Teichmann pontuar no garrafão e cortar a vantagem para nove pontos – 67 a 58. No entanto, o Cruz-maltino voltou a se impor nos minutos finais, confirmando a vitória por 79 a 73.
Escalações:
Vasco: Nezinho, David Jackson, Gaucho, Márcio e Murilo. Entraram: Hélio, Fiorotto, Wagner, Palacios, Bruninho e Drudi. Técnico: Dedé Barbosa.
Pinheiros: Bennett, Gemerson, Teichmann, Neto e Holloway. Entraram: Ansaloni, Renan, Gustavo. Técnico: César Máximo Guidetti.
Fonte: Globo.com