Em contagem regressiva para celebrar os 90 anos da inauguração de São Januário, o torcedor do Vasco deixa ao lado do deu motivo de orgulho uma certeza: a de que o “caldeirão” ferve por uma modernização completa. Desde o ano do centenário do clube, o sonho de uma ampliação na sua capacidade (hoje estipulada em 21.880 pessoas) e a possibilidade de reurbanizar os arredores do estádio já passaram pelo clube.
Porém, devido a atropelos em negociações e a uma sucessão de impasses financeiros que assolaram o clube nas últimas décadas, o torcedor ainda vê as mudanças acontecerem de maneira gradativa no local. Ao LANCE!, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, foi sucinto ao apontar como está a ideia de modernização de São Januário:
– Não temos nada de concreto sobre modernizar São Januário no momento.
O LANCE! traz alguns projetos que visavam a modernização de São Januário, mas não saíram dos papéis.
EM 1998
Ideia com empolgação
No dia em que o clube conquistou a Libertadores, surgiram rumores de uma ampliação do estádio de 35 mil pessoas, para levá-lo a abrigar 50 mil pessoas. Ainda estavam previstas a criação de um CT e de um ginásio. Pela obra completa, o Nations Bank desembolsaria US$ 70 milhões.
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Sonho no papel
Em novembro de 1998, o arquiteto Sergio Dias apresentou um projeto. Além da ampliação, o estádio teria um teto semelhante ao do Stáde de France, dois telões de alta definição e camarotes. O Vasco e o banco tentaram auxílio do BNDES para as obras, que durariam 18 meses.
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“Casamento” desfeito
Esbarrando em burocracias e em questões financeiras, o “casamento” entre o Vasco e o Bank of America chegou ao fim em 2001.
LUSOARENAS
O acordo
A Lusoarenas e o Vasco acertaram o acordo para modernização de São Januário em janeiro de 2008. O estádio teria capacidade de abrigar 40 mil pessoas. Após meses de expectativa, o presidente Eurico Miranda fez a minuta de acordo.
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Mudança de poder
No fim de junho, Roberto Dinamite tornou-se presidente do Cruz-Maltino, e as negociações pararam. O novo mandatário abriu uma concorrência para as obras de modernização de São Januário. IMG e Link Construtora desistiram, mas Lusoarenas seguiu no páreo.
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Caravela abaixo…
O desejo da diretoria em tornar São Januário palco de jogos de rugby na Rio-2016 frustra a negociação entre Vasco e Lusoarenas. O clube desiste de um acerto com a empresa.
VASCO NA RIO-2016
Sonho olímpico
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, anunciou em 2009 a inclusão de São Januário nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Além da ampliação para até 45 mil lugares, estava prevista uma reurbanização completa no entorno do estádio.
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Acordo selado
Em 2010, Roberto Dinamite assinou acordo com o COB para São Januário sediar jogos de rugby. Com obras previstas para 2012, São Januário teria de fechar por três anos.
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Perdeu o bonde
A nova chance de modernização de São Januário se esvaiu em novembro de 2012. O Vasco não apresentou no prazo estipulado pelo Comitê Organizador da Rio-2016 o projeto para o rugby, e o estádio ficou fora da Olimpíada. Clube não apresentara garantias financeiras.
ATUALMENTE
Na oposição
Em 2014, o então candidato à presidência do Vasco, Julio Brant, divulgou um projeto amplo de modernização de São Januário. A capacidade saltaria para 30.590 torcedores, em obra que duraria três anos. Ainda havia no projeto o desejo de criação de vagas para carros, criação de lojas, e os arredores do estádio tornariam-se praças para a torcida se reunir antes dos jogos.
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Aceno de união
Mesmo com a vitória de Eurico Miranda no pleito, houve uma ideia embrionária em pauta em 2015, dialogando com o então prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
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Em espera
Ao LANCE!, o dirigente Eurico Miranda disse que não há nenhum projeto concreto para visar a ampliação e modernização de São Januário em pauta.
Fonte: LANCENET!