De férias em Belém, o lateral-direito Yago Pikachu falou do primeiro ano no Vasco. Destaque no Paysandu por quatro temporadas – onde marcou 62 gols, algo atípico para um jogador da posição -, ele acredita que viveu um 2016 modesto no Gigante da Colina, afinal, balançou as redes “apenas” quatro vezes. De acordo com Pikachu, a adaptação ao Rio de Janeiro, o elenco montado de forma antecipada e a mudança de posição na equipe foram fatores decisivos para o rendimento abaixo do esperado.
– Queria ter tido um ano melhor do que foi esse. Em termos de números, foi muito abaixo do que eu vinha produzindo no Paysandu. A adaptação contou, pois demorei muito a me adaptar, principalmente, ao campeonato estadual. Cheguei e o time estava montado, poucas peças mudaram de 2015 para 2016. Para entrar no time, teria que trabalhar muito forte. Joguei várias vezes no meio, e isso também dificulta, pois não é a minha posição de origem, mas eu coloquei na cabeça que queria ajudar e sempre dei o meu máximo.
Pikachu conviveu com a pressão do Vasco na reta final da Série B. A queda de produção na segunda metade da competição fez com que o time só confirmasse a vaga ao Brasileirão na última rodada, quando ainda teve que virar o placar diante do Ceará, no Maracanã. Com 24 anos, o lateral se sente mais maduro para enfrentar os desafios que virão a partir do ano que vem. Na realidade, ele espera um ano bem melhor com a camisa vascaína.
– Pelo primeiro semestre que fizemos, com 34 jogos invictos, campeões carioca invictos, isso nos deu uma confiança muito grande. Fomos sofrer uma derrota praticamente no meio da Série B e realmente aquilo mexeu com a gente. (No último jogo) O Ceará saiu na frente, veio o nervosismo, mas, graças a Deus, conseguimos a virada e o tão esperado acesso. Hoje estou mais maduro, o estilo de jogo é diferente, o nível do Carioca para o Campeonato Paraense é outro. Foi um ano de aprendizado, de conhecer a cidade, as competições e o elenco. Espero que 2017 seja um ano melhor, para que eu possa continuar ajudando o Vasco.
Carinho e respeito eternos pelo Paysandu
Yago Pikachu está aproveitando o momento de lazer na capital paraense desde o último dia 12. Na semana passada, esteve no Estádio da Curuzu, e conheceu o hotel concentração do Paysandu, um dos símbolos do avanço administrativo da equipe do Pará. Foi no estádio bicolor que o jogador viveu alguns dos grandes momentos da carreira. Yago, aliás, não escondeu a admiração pelo clube que o revelou e falou de um momento marcante em 2016, quando, já pelo Vasco, enfrentou o ex-time no Mangueirão.
– Desde quando saiu a tabela eu realmente estava ansioso para jogar contra o Paysandu. No primeiro turno não tive a oportunidade, pois fiquei no banco, mas no segundo já estava em um momento melhor, em uma boa sequência. Vinha recebendo ligações de vários amigos perguntando se eu iria comemorar caso fizesse um gol, mas sempre deixei claro o respeito que tenho pelo Paysandu, isso vai ser eterno. Infelizmente não vencemos, mas uma coisa que não sai da minha cabeça é o momento em que fui substituído, quando praticamente o estádio inteiro gritou o meu nome. Vou levar esse carinho para sempre.
*Com informações da repórter Flávia Araújo, da TV Liberal.
Fonte: GloboEsporte.com