“Raça argentina” e visão de jogo: números e opiniões sobre Escudero

Anunciado na madrugada do dia 25 de dezembro, o nome de Damián Escudero gerou algumas críticas da torcida vascaína, que estavam na expectativa do “presente de Natal” prometido por Eurico Miranda: alguém como Diego Souza, por exemplo.

Apesar do desânimo dos torcedores, o meia argentino de 29 anos recebeu elogios de alguns jornalistas. No Brasil, ele atuou com a camisa do Grêmio, do Atlético-MG e do Vitória, onde se firmou por três temporadas. Em 2016, pelo Puebla, do México, não empolgou tanto (veja os números do jogador desde 2011 em casa clube).

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Repórter do GloboEsporte.com da Bahia, Rafael Santana, que cobre o Vitória, destacou a visão de jogo do meia e explicou como Escudero joga melhor em campo.

– Escudero tem boa visão de jogo. Costuma jogar pelo lado esquerdo, com intensa movimentação ofensiva e passes decisivos. No 4-4-2, ele se dá muito bem jogando como meia-esquerdo. No 4-2-3-1, ele já tem problemas para jogar como extremo pelo lado esquerdo, porque não tem o vigor necessário para acompanhar as descidas do lateral adversário. O desafio é fazê-lo render de outra forma, até jogando como um meia centralizado. Mas ele não possui as características de um camisa 10 clássico – disse o repórter.

Em termos de personalidade fora do campo, Escudero assemelha-se com o uruguaio Martín Silva: mais quieto, na dele. Não muito brincalhão. Mas no Vitória exercia uma liderança positiva e agradava a torcida por sua “raça argentina”.

– Apesar de calado, exercia no Vitória uma liderança muito positiva. Intermediava, junto com outros atletas, a relação entre elenco e diretoria. Em campo, o vascaíno pode esperar a tradicional raça argentina. Certa vez, perguntado se gostaria de contar com algum atleta do rival, o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, escolheu Escudero, pelo “espírito vencedor” – afirmou Rafael Santana, jornalista do GloboEsporte.com da Bahia.

Em 2013, Escudero foi um dos principais nomes da campanha do Vitória no Campeonato Brasileiro. O time ficou na quinta colocação. O meia costuma entender bem de bolas paradas: fez alguns gols de pênalti e cobranças de falta. Já em 2014, o argentino rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito, lesão que o afastou dos gramados por pouco mais de seis meses. No ano seguinte ele conseguiu retomar a regularidade.

Um dos medos da torcida vascaína é o de Escudero se lesionar e não ser bem aproveitado. O nome do argentino foi aprovado pela diretoria, pelo gerente Anderson Barros, que trabalhou no Vitória, e pelo técnico Cristóvão Borges. Enquanto isso, o Vasco continua em negociação com outros jogadores para o setor ofensivo. A reapresentação acontecerá no dia 2 de janeiro.

Fonte: GloboEsporte.com

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