Ex Vasco é peça importante no Napoli e já se vê pronto para defender a Seleção Brasileira

Drone no ar, Allan no chão. É assim que o sistema defensivo do Napoli trabalha para se manter seguro e brilhar na temporada. Segunda melhor defesa do Campeonato Italiano, com apenas 15 gols sofridos em 16 rodadas, o time napolitano vê no volante brasileiro o equilíbrio no meio-campo. Pelo lado direito, o camisa 5 ajuda a cobrir os defensores e também ataca. Uma função que explica quase que perfeitamente o poder do 4-3-3 do treinador Maurizio Sarri.

“Ele [Sarri] faz muito treino com a linha defensiva, sempre tem um drone para filmar todos os lances, todos os detalhes. A gravação é usada para corrigir as falhas, para melhorar a estrutura da equipe… O treinador considera fundamental ter uma linha defensiva alta. Quem é recém-chegado demora um pouco para assimilar, porque os movimentos não são fáceis. O meu começo não foi tão bom, mas já peguei o jeito, aprendi bastante”, explicou Allan, em entrevista ao Blog Ora Bolas .

“A gente nunca muda o nosso jeito de jogar, seja dentro ou fora de casa. Jogamos defendendo para frente, pressionando, fazendo questão de ter a posse de bola no campo do adversário. Rodamos muito bem a bola e guardamos bem a posição, não tem que ficar correndo muito pelo campo. Tudo isso é mérito dele [Sarri]. Os jogadores que entendem o sistema também têm mérito, é claro”, completou.

Famoso pela organização tática, o futebol italiano, num primeiro momento, gera certa desconfiança. Para Allan, que antes do Napoli defendeu a Udinese, entre 2012 e 2015, a prática nada tem a ver com a teoria.

Estatísticas Sazonais

Allan

“Alguns jogadores que atuam em outros campeonatos até pensam que na Itália é mais fácil, mas quando jogam aqui percebem como é difícil. Todos os jogos são táticos e fechados, os times se estudam muito, é muito complicado… Quem vem do Brasil, então, precisa aprender muito mais”, afirmou.

Outra peça fundamental na engrenagem do Napoli é Hamsik. Capitão da equipe, o meia eslovaco desempenha pela esquerda o mesmo papel do brasileiro revelado pelo Vasco. Ele, no entanto, é o responsável pelo “toque especial”.

“Não entendo porque falam tão pouco do Marek [Hamsik]. Ele merece muito mais mídia, é um belíssimo jogador. É acima da média, está entre os melhores jogadores da posição do mundo. É um prazer jogar ao lado dele, espero que ele possa continuar a viver essa fase maravilhosa”, elogiou.

Jejum no Campeonato Italiano

No Napoli desde junho de 2015, Allan já sente de perto a pressão da torcida pelo título do Campeonato Italiano. A última conquista aconteceu na temporada 1989/90. Hoje, com 31 pontos, a equipe napolitana está na quarta colocação – a Juventus, com 39 pontos, lidera a competição.

“Os torcedores são bem fanáticos, no estádio e nas ruas. Eles não veem a hora de ver o Napoli campeão novamente. Mas o Campeonato Italiano é muito difícil, a Juventus tem sido muito forte. Esperamos chegar o mais longe possível. Napoli merece o título, a cidade merece uma festa maravilhosa”, revelou o volante brasileiro, que, por outro lado, não tem “raiva” da atual pentacampeã nacional.

“Raiva? Não, não tenho. Já o torcedor, pode ser… A Juventus é bem estruturada, faz sempre bons jogos, tem um grande elenco. A gente quer brigar lá em cima também, fazemos o melhor. Queremos o título”, reforçou.

À espera da Seleção

Aos 25 anos e com passagens pelas seleções de base, Allan espera convencer Tite na Seleção Brasileira principal assim como convenceu Maurizio Sarri no Napoli. O confronto com o Real Madrid nas oitavas de final da Liga do Campeões pode ser o ingrediente que faltava para chamar a atenção do treinador.

“Chegou o meu momento [na seleção]. Faz tempo que venho demonstrando um bom trabalho na Itália, tenho jogado em alto nível. Tenho me preparado para isso. Espero que a convocação possa chegar o quanto antes, é o meu sonho”, finalizou.

Fonte: Goal.com

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