Estacionado na parte de baixo da gangorra do Campeonato Brasileiro, o futebol praticado pelo time do Vasco pode até ser comparado a uma brincadeira de criança. Mas, se assim fosse, os vascaínos teriam mais razões para se divertir. No que dependesse do time homônimo que disputa o Torneio Dente de Leite, competição interna no Tijuca Tênis Clube , os profissionais aprenderiam que o gol não é nenhum bicho-papão.
Comandado pelo trio Cauã, Vinícius e Guilherme, o time fez 46 gols em apenas 10 jogos disputados. Um desempenho bem melhor do que os oito gols anotados em 22 partidas jogadas pelos marmanjos do Vasco oficial. Hoje, o “Vasquinho” só está atrás do Flamengo na tabela de classificação, mas a promessa é de que os rivais reeditarão o pega-pega na categoria fraldinha até o fim do campeonato.
Além da vocação ofensiva, os pequenos vascaínos são um time de toque de bola e habilidade, segundo o técnico Carlos Renato Santos Soares, ele próprio um torcedor vascaíno cada vez mais descrente com a permanência na Série A.
— Eles são os únicos nesta categoria que jogam tocando de pé em pé — jura Carlos Renato.
A fase atual do Vasco, no entanto, dá margem para a gozação sadia típica da arquibancada. No Vasco do Tijuca, só três escolheram levar a cruz de malta no peito. Um prato cheio para os que torcem para os outros grandes do Rio.
— Na minha opinião, o Vasco, o Botafogo e o Criciúma são os piores times de todo o Brasil. No Vasco, aquele Riascos é uma porcaria, e o Julio dos Santos é péssimo — disse o rubro-negro Guilherme Senna.
Sem a pressão de cartolas e torcedores enfurecidos, a ordem por ali é não levar o futebol tão a sério. Que assim seja, a vida dos adultos do Vasco anda bem mais complicada.
Fonte: Extra