Eurico não se arrepende de ter ajudado Fluminense: ‘Sempre gostei de ajudar os fracos e necessitados’

O direito de acomodar sua torcida no setor Sul do estádio e a contratação de Ronaldinho Gaúcho foram os dois gols da vitória do Fluminense sobre o Vasco na preliminar do esperado clássico deste domingo, a partir das 16h, no Maracanã. As disputas além da bola alimentaram de agressividade um confronto importante em duas perspectivas: do sonho tricolor pelo título brasileiro ao pesadelo cruz-maltino com o rebaixamento.

As picuinhas não vêm de hoje e, na maioria das vezes, o Fluminense puxou para sua brasa gente de São Januário como Ademir Menezes, no passado e, neste século, Leandro Amaral, Conca e, até, o diretor de futebol Rodrigo Caetano, atualmente em campo neutro, o Flamengo.

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, não sofre por nenhum desses nomes, mas cobra respeito àquele que ajudou a puxar o Fluminense, campeão da Terceirona, em 1999, para a Primeira Divisão, sem o padecimento no umbral da Segundona.

– Ajudei. E faria de novo. Sempre gostei de ajudar os mais fracos e necessitados – esnoba Eurico, lembrando o famoso caso Sandro Hiroshi, jogador do São Paulo desmascarado por ter adulterado a idade, gerando uma série de contestações, perda de pontos e a substituição, no ano 2000, do Brasileiro pela Copa João Havelange, que alçou o Fluminense para a elite do futebol brasileiro.

O vice de futebol do Vasco, José Luis Moreira, é escudeiro de Eurico na briga com o presidente do Fluminense, Peter Siemsen:

– Ingratidão é pior do que um tiro na cara. Mas amanhã esse senhor não estará mais lá. As pessoas passam, o clube fica. Esse rapaz não tem memória – critica José Luis.

Presidente do Fluminense de 2005 a 2010, Roberto Horcades capitaneou duas polêmicas com o Vasco. Em 2007, arrematou o atacante Leandro Amaral, com o reforço de uma liminar que desligou-o de São Januário, onde se tentava fazer cumprir a cláusula da renovação automática do contrato. E, dois anos depois, a partir de uma denúncia do Tricolor, o Vasco perdeu seis pontos no Estadual por ter escalado na sua estreia o meia Jéferson, em situação irregular.

– Como houve o problema do Leandro Amaral, liguei pro Eurico e perguntei se podíamos contratar o Conca. Ele disse: “Pode levar” – lembra Horcades. – Sou médico do Eurico. Nos respeitamos. Nunca, na minha época, vi uma briga por causa de sentar lá ou cá. É uma coisa pequena. O inimigo do Fluminense nunca foi o Vasco. Sempre foi o Flamengo.

Se Horcades contemporiza, Eurico ataca:

– Não escreva que estou em disputa com o Fluminense, pois eles estão atrás do Vasco por uma razão simples: o Fluminense não tem estádio, coisa básica para se disputar uma partida de futebol – encerrou o dirigente que, de birra, não irá ao Maraca ver o melhor da briga.

Fonte: Extra

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