Expulsos no clássico entre Flamengo e Vasco no dia 22 de março, os rubro-negros Anderson Pico e Paulinho e os vascaínos Bernardo e Guinãzu foram a julgamento nesta terça-feira no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), e saíram de lá sem um resultado sobre uma possível punição. A audiência até foi iniciada, mas, poucos minutos depois, foi adiada e não tem data para ser retomada. Todos os atletas poderão seguir atuando por seus clubes até que haja um novo julgamento, cuja data ainda não foi definida.
Os fatos descritos na súmula do árbitro foram alterados pela Procuradoria, que os entendeu de maneira diferente na denúncia. Como só o presidente do TJD-RJ pode arquivar as supostas infrações descritas na súmula, e isso vai levar mais tempo, o julgamento acabou adiado.
“A denúncia foi contra os argumentos que foram expostos pelo árbitro na súmula”, explicou o advogado do Flamengo, Michel Asseff Filho, ao deixar o local.
Paulinho foi denunciado no artigo 250 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em “impedir oportunidade clara de gol” e prevê pena de uma a três partidas de suspensão. Bernardo, Guiñazu e Anderson Pico foram enquadrados no artigo 257 pelo procurador Glauber Navega. A pena, neste caso, varia de seis a 10 partidas. Ou seja, caso sejam punidos, nenhum deles atua mais no estadual.
Na súmula da partida, o árbitro João Baptista de Arruda relatou agressão entre os atletas. No texto, disponível no site da Ferj, ele descreve um “soco no queixo” de Pico em Bernardo, que deu uma “peitada” em Paulinho. Guiñazu, segundo o relato da súmula do árbitro, acertou “um tapa no peito” de Anderson Pico.
Fonte: GloboEsporte.com