No intervalo do jogo, os aficionados vascaínos tiveram dificuldades para comprar alimentos e bebidas na praça de alimentação reservada aos torcedores visitantes, localizada entre os portões 102 e 116 da Arena. O imprevisto causou irritação, principalmente pelo fato de que o único local que estava vendendo os produtos no espaço destinado à torcida visitante ter ficado desabastecido, sem água mineral, antes mesmo do início do segundo tempo.
Sem conseguir acessar a área reservada à torcida local, onde haviam mais opções de vendedores, o estudante Gabriel Melo, de 18 anos, desabafou.
– A gente paga R$ 90 e não tem direito de beber nada, comprar nada. Tem que ficar em uma humilhação, em uma brecha aqui, porque a administração do estádio dividiu os espaços e do lado que estamos não estão vendendo nada. E o povo vascaíno sendo humilhado aqui. Administração do estádio, isso é uma falta de respeito com os torcedores – disparou.
O GloboEsporte.com ouviu o administrador da Arena da Floresta, Francisco Nélio, sobre o problema e ele explicou que a separação das torcidas foi determinada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPE), exigindo o cumprimento do Estatuto do Torcedor. Ele ressaltou ainda que foi feita uma reunião com os comerciantes que vendem produtos no estádio durante os jogos e que todos estavam cientes da proporção do jogo.
– A estrutura da Arena tem uma praça de alimentação própria. A outra não existe mais. Era provisória e a Vigilância Sanitária exige uma qualidade para que sejam vendidos os produtos. Por isso, foi extinta. O espaço localizado no portão 102 é destinado para o atendimento da torcida visitante. Essa separação das torcidas é uma exigência do Ministério Público para evitar problemas. Não é uma regra da Arena da Floresta, mas sim do Estatuto do Torcedor. Fizemos uma reunião com todos os responsáveis pela venda de lanches e eles sabiam da dimensão da partida. Se o produto acabou, não é uma responsabilidade da Arena da Floresta – justificou Nélio.
A vitória do Vasco no Acre por apenas um gol de diferença força a realização do jogo de volta. A partida será no dia 15 de abril, em São Januário, no Rio de Janeiro. O Vasco pode até perder por 1 a 0 que garante vaga na próxima fase. O Rio Branco precisa de uma vitória por dois gols de diferença para avançar. Caso o Estrelão vença por 2 a 1 a disputa da vaga será nos pênaltis.
Fonte: GloboEsporte.com