A partida, inicialmente, seria disputada no dia 3 de março, mas foi adiada a pedido do Estrelão. No início do mês, o Rio Acre, que divide Rio Branco em dois distritos, marcou o nível histórico de 18,40m, deixou 53 bairros prejudicados e atingiu mais de 87 mil pessoas. Não havia clima e nem estrutura para ter um jogo festivo.
A Arena da Floresta, onde será o jogo, fica localizada no Segundo Distrito da cidade, a cerca de 5km do Centro, onde o rio divide os dois distritos. A praça esportiva possui três pontos de acesso: ponte Juscelino Kubitschek, ponte/avenida Amadeo Barbosa e Via Verde. Os dois primeiros chegaram a ter acesso interditado devido o nível das águas.
Essa é a terceira vez que o Vasco vai jogar no Acre. A primeira, em um amistoso, o time carioca venceu o mesmo Rio Branco por 1 a 0, jogo que foi disputado no antigo estádio José de Melo, em 9 de junho de 1982. Na oportunidade, o Gigante da Colina fazia uma “excursão” pelo Norte do país. Seis anos depois, em 1988, bateu o Independência por 3 a 0, em novo amistoso, no mesmo estádio.
27 anos depois a expectativa é grande por parte dos vascaínos do estado, mesmo sabendo que as principais estrelas do time não jogam, como é o caso de Guiñazu, Marcinho, Bernardo e Dagoberto. Segundo a Polícia Militar do Acre, as torcidas ficarão divididas na Arena. O setor B será reservado aos cruz-maltinos – são esperados cerca de 500 torcedores da equipe comandada por Doriva.
A diretoria do Rio Branco não informou quantos ingressos já vendidos para o jogo. O clube colocou oito mil bilhetes à venda – a capacidade da Arena da Floresta é de 13 mil torcedores sentados, mas houve uma limitação em cumprimento às recomendações da promotora de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Acre (MP-AC), Alessandra Marques.
Os bilhetes, que custam R$ 45 (meia) e R$ 90 (inteira), estão sendo comercializados antecipadamente desde o dia 23, nos seguintes pontos: rede de Supermercados Araújo e CT José de Melo. E também serão vendidos nas bilheterias da Arena, horas antes do confronto.
Destruição e cenário atual
Após o rio baixar, lentamente, o cenário é de destruição nos bairros atingidos. Mais de 12 toneladas de lixo, entulho e lama, já foram retirados de Rio Branco por meio da Ação Pós-Alagação, que atua nos 53 bairros afetados pela cheia. A Operação conta com 570 homens trabalhando em 280 equipamentos. Ao menos 700 ruas passam por limpeza.
Além da limpeza, também foi feito o trabalho de volta para casa das 10,4 mil pessoas que ficaram desabrigadas. Na medição das 6h (local) desta segunda-feira, o rio marcou 11,82m – abaixo da cota de alerta (13,50m). Segundo a Prefeitura de Rio Branco, 647 pessoas (70 famílias) ainda estão no abrigo do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, o único ainda montado. A estrutura se mantém há 37 dias.
Enchentes
As cheias dos rios acreanos ocorrem quase anualmente entre os meses de janeiro e abril, período de chuvas na região. Em Rio Branco, porém, o Rio Acre nunca tinha ultrapassado os 18 metros. A pior enchente tinha acontecido em 1997, quando o manancial atingiu 17,66 metros. Em 2012, o rio marcou 17,64 metros – agora terceira maior marca da história. Na época, a cheia atingiu mais de 100 mil pessoas na capital.
Fonte: GloboEsporte.com