Presidente da Ferj admite tirar Fluminense e Vasco do Maracanã

Rubens Lopes (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)

Por causa da briga sobre o posicionamento de suas torcidas, o clássico entre Fluminense e Vasco pela sexta rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca de 2015 pode não ser realizado no Maracanã. O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, pediu um entendimento entre os clubes mas salientou que, se necessário, a partida ocorrerá em outro estádio.

Vasco e Fluminense brigam para que suas torcidas fiquem posicionadas ao lado direito da Tribuna de Honra do Maracanã. Os vascaínos sempre ocuparam o espaço mas o Tricolor celebrou um contrato com o consórcio responsável pela administração do estádio e passou a ter a primazia.

Ao ser eleito presidente do Vasco, Eurico Miranda, avisou que o clube só atuaria no Maracanã se seus torcedores ocupassem o lado direito. E, na sexta-feira, o dirigente vascaíno conseguiu um triunfo durante a Assembleia Geral da Ferj.

Na ocasião, após uma votação em que somente o Fluminense se posicionou contra, Eurico liderou a aprovação de uma modificação no Regulamento Geral do Carioca, o que classificou de vitória para o Vasco. A partir do ano que vem, a Ferj passará a determinar os mandos de campo nos clássicos, semifinal e final do Estadual.

Mas o presidente da Ferj afirmou que não há nada decidido sobre a questão. Lopes destacou que a Ferj é quem já determinava os mandos nos clássicos, porque eles não existem na disputa do Carioca.

Indagado sobre qual lado se posicionará na disputa de Fluminense e Vasco pelo lado direito no Maracanã, Lopes pediu entendimento entre os clubes. Disse não querer interferir nessa questão mas ameaçou tirar o confronto do Maracanã e leva-lo para outro estádio.

– A Ferj entende que os clubes devem procurar um consenso sobre a questão da torcida no Maracanã. A entidade tem o poder de deliberar sobre o assunto, mas só o fará em último caso. Sem um acordo entre as partes podemos até transferir o jogo para outro estádio e assim resolvemos o assunto – afirmou o dirigente.

A respeito do contrato existente entre o Fluminense e o Consórcio Maracanã S.A., que determina que o Tricolor se posicione à direita das cabines de rádio, Lopes ressaltou que nada pode fazer. Revelou ter enviado um ofício ao presidente Peter Siemsen onde pediu para ver o contrato.

Por resposta, Lopes contou ter recebido uma negativa, sob a justificativa de que cláusulas de confidencialidade impedem a revelação do contrato entre o Fluminense e o Consórcio Maracanã S.A. Ante a posição do Tricolor, o dirigente argumentou que, administrativamente, não pode tomar uma decisão com base apenas na palavra de qualquer que seja o clube.

– A solução é a busca pelo entendimento. Vamos tentar achar essa solução – disse o presidente da Ferj.

A ocupação da arquibancada do Maracanã

Vasco escolhe

Por vencer o primeiro Carioca na era do Maracanã, em 1951, o Vasco pôde escolher o seu lado e ficou à direita da Tribuna de Honra.

Flamengo também escolhe

Por ter a maior torcida do estado, o Fla também pôde escolher e quis se fixar no lado esquerdo.

Os sem lados

Com as escolhas de Flamengo e Vasco, Fluminense e Botafogo passaram a usar os ambos os lados.

Botafogo

Os alvinegros passaram a ficar à direita da Tribuna de Honra, exceto em jogos contra o Vasco.

Fluminense

Os tricolores ficaram com o lado esquerdo, exceto em jogos contra o Fla.

A polêmica

Após a Copa do Mundo, o Fluminense celebra um acordo com o consórcio Maracanã e passou a ocupar o lado direito.

Fonte: LANCENET!

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