Em entrevista ao GloboEsporte.com, o centroavante, recém-aposentado, espera que o Vasco não só volte – como se mantenha de vez na Primeira Divisão.
– O acesso está perto, e fico muito feliz. Um clube como esse merece estar na elite. Foram jogos difíceis dentro e fora de casa. O Vasco, com essa raça e com essa torcida massa, está voltando. O mais gostoso será subir com a vitória. Tem que respeitar o Icasa, que não pode ser menosprezado, pois futebol é dentro do campo. Lembro como foi difícil vencer o América-RN, que já estava rebaixado. Foi um sufoco. Os jogadores têm que entrar com vontade e honrar a camisa. E, quando subir, que permaneça na Primeira Divisão pelo resto da vida e brigue por títulos, como sempre fez.
Com passagem por grandes clubes do Brasil e do exterior, Chulapa exalta a torcida do Vasco, que pode bater recorde de público do Maracanã – pertencente a Flamengo x Leon, pela Libertadores – nesta temporada.
– É assim que se vê como o clube é querido. Essa torcida é fora de série, fora do comum, fanática. Quando vou ao Rio, sempre comentam comigo do Vasco, apesar de eu não ter jogado muito tempo lá. É um carinho grande. Isso que é legal. O Vasco merece pessoas que joguem por amor, com garra e vontade.
Da equipe de 2009, Aloísio Chulapa guarda boas recordações. Sem pensar duas vezes, recorda os companheiros e amigos que fez em São Januário e a comemoração após a conquista da Série B.
– Para falar a verdade, sinto saudades. Era um grupo maravilhoso. Tinha Carlos Alberto, o Alex Teixeira, que está arrebentando lá fora. Sempre vejo os gols dele no Globo Esporte. O (Philippe) Coutinho, que tem o estilo do Zico, o vi jogando com o Neymar na Seleção. O Elton, no Flamengo, no rival, sendo peça importante, Dedé, Fernando, Gian, Ramonzinho, que está lá fora, o Prass… Aquele ano foi especial. Tem horas que fico lembrando e me emociono. Fizemos churrasco e tomamos o velho danone (cerveja) duplo, “de lei”. Foi uma comemoração boa, todo mundo com a família e amigos. É importante compartilhar esses momentos especiais com as patroas também.
Este ano, a campanha foi irregular, e o título ficará distante de São Januário. Nem por isso Aloísio acredita que os festejos devam ser menores. E, no cardápio, sugere o “de sempre”.
– Tem que tomar um danone duplo para comemorar. Os jogadores batalharam muito por isso, os jogadores sofrem pressão, você sabe como é a vida do jogador. Nesses momentos, tem que celebrar e desabafar.