Com eleição no Conselho Deliberativo marcado para esta quarta-feira à noite, Eurico Miranda adianta até onde pode as conversas para sua nova gestão à frente do Vasco. Em rotina de encontros com alguns membros da direção atual e reuniões informais com seus pares, o futuro presidente toma pé de algumas informações para colocar a mão na massa a partir de quinta-feira. Nos próximos dias, os diretores do clube devem finalizar um relatório de gestão que vai mostrar uma dívida acima de R$ 500 milhões.
Eurico espera fechar os últimos nomes de sua diretoria nos próximos dias. Por enquanto, há definições com Fernando Horta, primeiro vice-geral, Silvio Godói, segundo vice-geral, José Luis Moreira, vice de futebol, e Fernando Lima, vice de salão e quadra. Na presidência do Conselho Deliberativo, o atual secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes.
Um dos nomes mais aguardados é para administrar as finanças do clube. Na vice-presidência da pasta, Eurico espera acertar um peça de impacto para conduzir o controle, renegociações de dívidas e ajudar na gestão. Há percepção de que os primeiros dois ou três meses serão os mais delicados para o futuro da gestão.
Ainda não há uma sinalização clara com relação à permanência da Caixa Econômica Federal e, além disso, a diretoria que sucede Dinamite precisa ir atrás de recursos e pagar os cerca de R$ 10 milhões em impostos atrasados. Na transição, que, por enquanto, está sendo feita mais com aliados da atual direção, a futura direção está levantando custos para fechar o ano – o clube tem que pagar ainda outubro, novembro, dezembro e o décimo terceiro a funcionários e jogadores -, além dos contratos de jogadores e até uma eventual mudança de local de treinamentos. Por exemplo, o contrato com o centro de treinamento de Itaguaí, de Pedrinho Vicençote, termina no fim desse ano. A futura gestão avalia outros locais para o caso de não continuar no CT do empresário, que ainda não foi procurado pela futura administração vascaína.
No clube, funcionários, treinadores e diretores da base ainda não sabem se permanecem no clube. Em compasso de espera, todos aguardam as primeiras sinalizações, que devem ocorrer ao fim da semana, após a eleição desta quarta-feira no Conselho. Rodrigo Caetano, diretor de futebol, e Cristiano Koehler, diretor geral do Vasco, têm permanência incerta em São Januário.
A gestão atual espera entregar o Vasco com a dívida tributária melhor administrada. Há um levantamento sendo feito com relação a pagamentos de passivos trabalhistas, cíveis e tributários. No último caso, a esperança é de conseguir aprovar o novo Refis e aliviar os cofres do clube, alongando a dívida para ser quitada de cinco para 15 anos. Em meio à transição, a equipe do departamento financeiro também prepara o orçamento para o próximo ano. Em 2014, não houve um orçamento previamente levado ao Conselho Deliberativo. Nos próximos dias também deve ser finalmente finalizado o balanço patrimonial de 2013. As contas devem ser levadas ao novo Conselho logo no início da gestão Eurico Miranda.
Fonte: GloboEsporte.com