O pior dos piores
Roberto Dinamite conseguiu. Após dois rebaixamentos em suas desastradas administrações, deu ao ex-deputado e ex-presidente o combustível que ele necessitava para sair da tumba e voltar ao poder nos braços dos sócios (mensaleiros ou não). Foi uma vitória acachapante. Os dois outros candidatos somados não atingiram o número de votos do velho dirigente.
O que será do combalido Gigante da Colina, a partir de agora, só o tempo dirá. Mas é muito difícil crer que São Januário não voltará àquela época sombria, marcada por todos os tipos de truculência e manobras, no mínimo, eticamente condenáveis. Um amigo jornalista, que respeito e considero e teve parte importante na vitoriosa campanha do “ex”, me garante, entretanto, que, com a idade (já tem 70 anos), o outrora abominável cartola mudou para melhor. A conferir. Com doses cavalares de ceticismo.
Em tempo: o pior dos piores, do título, foi mesmo Roberto Dinamite, que chegou ao poder cercado de enorme expectativa e meteu os pés pelas mãos de tal forma que o devolveu, após seis anos, ao ditador de outrora. Depois da calamitosa passagem pela presidência do Vasco, Roberto perdeu também o seu mandato de deputado e, ao que tudo indica, não se elege mais nem síndico de prédio.
Fonte: Coluna de Renato Maurício Prado – O Globo