Os advogados da chapa “Sempre Vasco” deram entrada nesta segunda-feira na Justiça para pedir a exclusão de 2.731 sócios da lista de eleitores para o pleito desta terça-feira do Vasco. Na nova ação, o grupo político de Julio Brant repete o pedido anteriormente negado para a chapa “Vira Vasco”, de Nelson Rocha, que hoje apoia Julio, para impedir que os associados que entraram em março e abril do ano passado votem nas eleições do clube de São Januário. Além disso, o grupo também quer que somente os sócios que fizeram o recadastramento tenham direito a participar da Assembleia Geral desta terça-feira.
No texto da nova ação, o advogado afirma que “(i) o associado que não se recadastrou possui algo a esconder; (ii) não possui o interesse associativo necessário para o ingresso na associação e/ou (iii) ainda não tem o menor interesse em participar das eleições 2014.”
As chapas concorrentes de Eurico Miranda e Roberto Monteiro já se movimentam para responder na 19ª Vara Cível como terceiros interessados na nova ação da “Sempre Vasco”. Eles vão utilizar como base para a “resposta” no judiciário os mesmos argumentos que inviabilizaram pedido semelhante de Nelson Rocha para o pleito de agosto, que terminou sendo adiado. O então candidato da “Vira Vasco” citava o relatório da comissão de sindicância e pedia, ao menos, que os sócios da grande polêmica do processo eleitoral vascaíno votassem em urnas e sede separadas.
A decisão do juiz Marcello Alvarenga Leite, de 4 de agosto desse ano, antevéspera da eleição que terminou sendo adiada, dizia que não havia “previsão estatutária ou legal para a segregação dos votantes, seja por urna ou local de votação”. O juiz ainda lembrou que o parecer da comissão de sindicância, criada pelo presidente Roberto Dinamite e que teve o comando de Tadeu Correia, não foi acolhido “pelos poderes que regem o clube”
Eurico e Monteiro associaram a maior parte dos quase três mil sócios que entraram no clube até o fim de abril do ano passado. Em reportagem de outubro de 2013, o GloboEsporte.com publicou depoimentos de novos associados e de dirigentes do clube que comentavam a prática durante a corrida para o processo eleitoral de sucessão de Roberto Dinamite.
A chapa “Sempre Vasco” pede também que os não recadastrados votem em urnas separadas e que a apuração dos votos seja feita dessa forma – com os votos de recadastrados separadamente dos votos de quem não se recadastrou para as eleições do Vasco. Por último, os advogados do grupo de Julio Brant querem a presença de policiais da Delegacia de Defraudações para assegurar que “o grupo dos irregulares” não vote ou vote em urnas separadas, além de verificação dos documentos obrigatório para a hora da votação e toda a segurança do quadro social durante o dia do pleito.
Fonte: GloboEsporte.com