Futebol, política e torcida organizada: São Januário vive dias turbulentos

Em casa, Vasco fica apenas no empate com a líder Ponte Preta (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)

 

Durante o empate com a Ponte Preta, no sábado, ficou claro que São Januário vive dias de tensão. E não apenas relacionada ao futebol. Na verdade, a turbulência se divide em três áreas: a insatisfação do torcedor com a dificuldade para garantir o acesso, a disputa de poder entre facções organizadas e a briga entre grupos políticos na véspera da eleição presidencial do clube, marcada para dia 11.

No futebol, os vascaínos chamaram o técnico Joel Santana de “burro” e pediram disposição aos jogadores. O único aliviado foi Guiñazú (veja mais abaixo). Depois, durante a coletiva, o treinador disse que não entendeu o motivo das críticas, já que as substituições que fez foram devido a circunstâncias do jogo.

Entre as torcidas organizadas, está claro desde o início do ano que a principal facção do clube, Força Jovem, passa por uma disputa interna em busca do poder. A cada jogo em São Januário há um cordão de isolamento policial no meio da arquibancada. Ontem, antes do apito inicial, duas confusões aconteceram nos arredores de São Januário. Uma delas foi rapidamente controlada pela Polícia Militar e aconteceu bem em frente à entrada social. Nesta, a Ira Jovem, dissidência mais antiga da Força, também participou.

Para completar, faltando duas semanas para a eleição presidencial no clube, a disputa política segue pegando fogo. Ontem, carros de som, panfletagem e adesivos coloriram o lado de fora do estádio, mas os grupos não estavam ali de forma pacífica e houve relatos de discussões.

Inclusive, representantes da chapa “Sempre Vasco”, do candidato Julio Brant, foram a São Januário com seguranças. Na última sexta, o advogado do grupo, Alan Belaciano, entrou com um registro de ocorrência na 17ª DP (São Cristóvão) contra o filho de Eurico Miranda, Eurico Ângelo Brandão de Miranda, o “Euriquinho”, por conta de algumas ameaças sofridas.

Ou seja, a praticamente dois meses do fim do ano, o Vasco vive dias de tensão em três das principais esferas do clube: futebol, política e torcida. E o desejo do vascaíno é apenas que 2014 acabe logo. Se possível, com um acesso tranquilo, o que não deixa de ser obrigação.

Fonte: LANCENET!

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