Foram nove meses de recuperação. Da lesão no joelho esquerdo em agosto de 2013, quando ainda defendia o Figueirense, até a estreia pelo Vasco na última quarta-feira. Em comum nos dois momentos, apenas a presença de um técnico importante na carreira de Douglas Silva: Adilson Batista. Foi a pedido do treinador cruz-maltino que o jogador foi contratado em fevereiro. Ainda faltavam dois meses para a recuperação completa da cirurgia no ligamento e mesmo assim o treinador pediu para a diretoria confiar na indicação. Nos dois últimos jogos, Douglas ganhou a chance de ser titular, teve boas atuações e começou a conquistar seu espaço no elenco. Motivo suficiente para agradecer a quem o ajudou a reencontrar a alegria de jogar.
Adilson conheceu Douglas quando o zagueiro tinha apenas 18 anos e defendia o Avaí. A dupla se reencontrou no ano passado. No Figueirense, o jogador era o homem de confiança do comandante e capitão até a lesão no joelho.
– É muito importante ter a confiança do treinador. Essa é a terceira vez que tenho a chance de trabalhar com o Adilson. Primeiro foi no Avaí, depois no ano passado no Figueirense. É uma honra para mim e só tenho a agradecer. Dificilmente um clube contrata um jogador que vem de lesão. E eu ainda estava em fase final de recuperação. Faltavam dois meses. Alguns não devem ter aprovado minha chegada, mas o Adilson me conhece e sabe do meu potencial. Consegui me recuperar bem com a ajuda da fisioterapia do Vasco e estou feliz de estar podendo ajudar o clube neste momento. Agora é trabalhar para continuar assim – disse Douglas Silva.
A estreia do novo zagueiro foi na partida de ida contra o Treze-PB, pela Copa do Brasil. Vitória por 2 a 1 em Campina Grande. No segundo jogo, sábado passado, novo triunfo: 3 a 0 sobre o Atlético-GO pela Série B do Campeonato Brasileiro. Nas duas partidas, Douglas substituiu o lesionado Rodrigo e fez dupla com Luan. Ele, no entanto, admite que ainda sente a falta de ritmo de jogo.
– Fiquei nove meses parado sem disputar uma partida oficial. Estava com receio no retorno. Cansei no primeiro tempo contra o Treze. Com 30 minutos de jogo eu já estava morto (risos), mas consegui levar bem até o fim. Contra o Atlético-GO, evoluí bem. O tempo de bola melhorou, assim como o entrosamento. Estou conhecendo o grupo ainda. Jogar é bem diferente de treinar.
Ao mesmo tempo que começa a ganhar chances e espaço no elenco, Douglas Silva vê também a recuperação do titular da posição. Fora desde a segunda partida da final do Campeonato Carioca contra o Flamengo por causa de um estiramento muscular na coxa esquerda, Rodrigo iniciou a transição entre a fisioterapia e a preparação física na última segunda. Nada que deixe o novo reforço preocupado.
– O Vasco precisa de todos os seus jogadores. Foi uma fatalidade o Rodrigo se machucar naquele momento da decisão. Nunca é bom ver um companheiro passar por isso. Sei bem como é. Tive duas lesões graves no joelho. Em ambas fiquei nove meses parado. Mas não tenho que responder sobre quem será o titular. Quem decide é o treinador. Todos são iguais e buscam seu espaço. Todos têm condição de jogar no Vasco. Temos que dar o nosso melhor nos treinos e esperar as decisões – frisou.
A terceira partida de Douglas pelo Vasco será novamente contra o Treze-PB, nesta quarta, às 22h (de Brasília). Após a vitória por 2 a 1 em Campina Grande, o Cruz-Maltino pode até perder por 1 a 0 para se classificar. Vitória por 2 a 1 do adversário leva a decisão para os pênaltis. Pela Série B, o próximo compromisso será no sábado, contra o Oeste, em São Januário. Com quatro pontos em três rodadas, o time do técnico Adilson Batista ocupa a sétima posição no torneio.
Fonte: Uol