O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, José Teixeira Fernandes, adiou, no fim da tarde desta sexta-feira, a decisão sobre o recurso do Vasco que pede a não homologação da segunda partida da final do Campeonato Carioca, contra o Flamengo, por causa de um erro da arbitragem no campo e depois na súmula.
Segundo Teixeira, não havia, no processo entregue ao tribunal, documento que provasse que Roberto Dinamite, que assina o pedido, é presidente do Vasco. O clube recebeu 72 horas de prazo para juntar ao processo a documentação pendente antes de decisão definitiva. Caso contrário, o processo seria anulado, e obedeceu de imediato.
O advogado Marcelo Macedo, que entrou com a ação através de uma procuração do mandatário vascaíno, disse que já foi resolvido o problema e que o Vasco quer o julgamento logo.
— Já está sanado. Todo mundo sabe que o Roberto é o presidente do Vasco. Se ele deu a procuração…parece para espizinhar. Já mandamos juntar a ata. Agora tem que mandar o Flamengo falar até terça-feira. O Vasco quer julgar. A expectativa é marcar para quinta-feira — informou Macedo.
O presidente do TJD havia esclarecido que não poderia julgar o processo com a falta da documentação.
— Não posso decidir com o processo tendo vício. Posso cometer erro material. Estou pedindo para o Vasco juntar a documentação que não juntou. Que é a ata de homologação da candidatura do presidente do clube. Tem que estar nos autos que o Roberto é o presidente do clube — explicou José Teixeira.
Só então ele dirá se acata o recurso. O que pode acontecer assim que a documentação for entregue.
— O pedido eu não poderia esclarecer ainda em função de ser leviano. Mas agora eu sei o que o Vasco quer. Quer a impugnação da partida sustentando-se na prerrogativa do Código de Justiça Desportiva. Imediatamente assim que for entregue o que falta vamos definir — concluiu.
O procurador do TJD-RJ André Valentim vai protocolar apenas na segunda-feira a denúncia feita contra o goleiro Felipe, pela afirmação ao fim da partida que ganhar roubado era “mais gostoso”.
O Vasco declarou guerra à Federação de Futebol do Rio de Janeiro quando entrou com uma ação pedindo que a resultado da partida fosse anulado depois que o árbitro Marcelo de Lima Henrique deu o gol a Nixon, e não Marcio Araújo, que estava impedido.
O auxiliar Luiz Antonio Muniz não sinalizou o lance e o Flamengo foi campeão com o gol nos acréscimos. O departamento jurídico do clube informou na ocasião do anúncio da decisão que a mudança na súmula não se tratava de um acaso e tentou provar o erro de direito.
O clube também cobra da Ferj indenizações para reparar os prejuízos, avaliados em R$ 20 milhões, pela perda do título.
Fonte: Extra