Segundo o borderô publicado no site da CBF, a renda líquida do confronto foi de R$ 1.018.410,69. O documento destina esse valor ao Resende, mandante do jogo. O clube do Sul Fluminense, no entanto, recebeu um valor fixo – não revelado por sua diretoria – por levar a partida para Manaus e a renda milionária, segundo o Vasco, ficou com os organizadores do evento.

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) lucrou 10% da renda total – R$ 200 mil. Enquanto a Federação Amazonense de Futebol (FAF) recebeu 5% do valor – R$ 100 mil.
Toda a situação gerou a revolta da diretoria vascaína. O vice-presidente de futebol Ercolino de Luca resumiu o caso como uma palhaçada. Segundo ele, a arbitragem da partida foi amazonense para impedir o Cruz-Maltino de eliminar o jogo de volta. Nesse caso, o Vasco ficaria com 60% da renda líquida do confronto – cerca de R$ 600 mil – e daria prejuízo aos organizadores. Houve um lance em que o atacante Thalles foi puxado dentro da área e o juiz Edmar Campos da Encarnação ignorou o pênalti
– Colocamos 40 mil torcedores no estádio e tivemos de pagar para jogar. Isso é uma vergonha para o futebol. O jogo foi comprado e o Vasco foi comunicado às vésperas da partida. Uma bagunça. Gastamos dinheiro com hotel, ônibus e o evento só pagou as passagens aéreas porque reclamamos muito e dissemos que não iríamos jogar. Demos dinheiro para os outros. Ainda botaram um árbitro local para não dar pênalti e não deixar o Vasco vencer por 2 a 0. Nesse caso, ficaríamos com 60% da renda. Fizeram sacanagem até na arbitragem. É uma palhaçada. Tem que investigar isso. Estamos na final do estadual. Tivemos que viajar para Manaus e pagar do nosso bolso para jogar – reclamou.

Fonte: GloboEsporte.com