
O que chama a atenção é que Bernardo não tem exibido a mesma disposição para dar a volta por cima que o notabilizou como um jogador de fibra. Menos explosivo, espera a oportunidade sem reclamar publicamente por confiar em Adilson Batista, que o lançou no Cruzeiro. Mas, além de Douglas centralizado, o treinador gosta de formar a equipe com dois atacantes de ponta que recomponham na marcação, o que também não casa com a característica do xodó de muitos vascaínos. Everton Costa e Reginaldo vêm sendo elogiados pela função tática, e William Barbio é a opção posterior. Quando dois meias de ofício foram utilizados, Dakson foi o escolhido.
Nos bastidores, há quem confirme que o meia está determinado a jogar no exterior. Houve sondagens do futebol russo e de outro centro europeu. Além de contatos de clubes médios da Série A, de olho na situação. Mas, a princípio, a diretoria não estaria disposta a liberá-lo com facilidade.
Questionado sobre a força do banco de reservas, que contribuiu diretamente para arrancar o empate com o Fluminense, na quinta-feira, Adilson até citou Bernardo entre os nomes. Diego Renan, Fellipe Bastos e Thalles, contudo, foram as substituições feitas e que se revelaram certeiras na hora do gol.
– O Diego Renan já vinha jogando bem, mas achei melhor manter o Marlon no time. Diego é um jogador confiável, assim como Fellipe Bastos e Thalles. O Bernardo entrou no último jogo e é importante. Cada jogo tem uma história, uma característica, uma necessidade.
O trio, aliás, é amigo do meia. Thalles fez boa dupla com ele, mas também acabou preterido sob a alegação de que ainda não está pronto para ser titular e que disputa possível com Edmílson. O cenário para o talismã, como é chamado, porém, é bem mais favorável. Nas graças da torcida, deve ter seu contrato estendido na próxima semana, com aumento considerável, e é arma praticamente certa na etapa final caso o clássico esteja apertado mais uma vez. Já Bernardo…
Fonte: Globo.com