A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negocia para este ano um novo naming rights para o Campeonato Brasileiro. O valor pedido pela entidade é de US$ 10 milhões (R$ 21 milhões). O acordo terá duração por quatro anos, tempo que coincide com o mandato do futuro presidente da CBF, que será eleito em 16 de abril.
Os contatos são feitos diretamente pela instituição com representantes de empresas. Duas companhias, uma delas do segmento esportivo, já foram contactadas pela CBF, mas uma descartou a possibilidade de adquirir o Brasileirão.
O antigo patrocinador da competição era a Petrobras, cujo contrato foi negociado ainda pelo Clube dos 13 sob aval do então presidente Fábio Koff, hoje na função de mandatário do Grêmio.
Até o ano passado, a empresa desembolsava um total de R$ 18 milhões por temporada pelos naming rights do Brasileiro.
A atual negociação do Campeonato é distinta da Copa do Brasil, segunda maior competição nacional e que teve os naming rights também vendidos. Em 2014 e 2015 a Sadia nomeará o torneio.
Neste caso, a CBF transferiu os direitos comerciais da competição, que pertenciam à entidade, à Klefer e à Traffic por um valor não divulgado. As duas empresas, então, passam a ser a responsáveis pelos naming rights e pela publicidade da Copa do Brasil. O lucro pela comercialização, posteriormente, é dividido igualmente pelas agências, sócias nesse acordo.
A despeito do aumento da pedida da CBF pelos naming rights do Brasileirão, o valor ainda é distante de algumas ligas europeias.
O campeonato inglês, referência nesse quesito, tem patrocínio do Barclays Bank – fornecedor britânico global de serviços financeiros – de 50 milhões de euros (R$ 155 milhões) por ano. Esse contrato, anteriormente, era de 32,6 milhões de euros (R$ 101, 3 milhões). Após a renovação, ele tem nova duração até a temporada de 2015/2016.
Brasil e América do Sul seguem tendência
Antes uma prática mais limitada ao mercado europeu, a comercialização de naming rights de competições tem se tornado cada vez mais frequente no Brasil e nos demais países da América do Sul.
Os campeonatos estaduais têm sido uma plataforma usada por empresas para associar suas marcas ao esporte. De uma tacada só, a Chevrolet adquiriu o direito de nomear 20 campeonatos. Entre eles, a montadora associou sua marca aos campeonatos Paulista, Mineiro, Gaúcho e Paranaense.
A Coca-Cola, por sua vez, abocanhou o Campeonato Pernambucano, enquanto a Guaraviton firmou contrato com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj).
A prática também tem sido explorada nas principais competições continentais. Na Copa Libertadores, a fabricante japonesa de pneus Bridgestone tomou o lugar do banco Santander como detentor deste direito. Na Copa Sul-Americana, a Total, empresa francesa do setor petrolífero, firmou acordo para batizar a competição.
Naming rights
Confira o novo valor dos patrocínios de alguns campeonatos europeus acertados a partir da temporada 2012/2013
Barclays Premier League (ING)
R$ 155 milhões
Sportoto Superlig (Turquia)
R$ 63,4 milhões
BBVA Primera Division (Espanha)
R$ 62,2 milhões
TIM Serie A (Itália)
R$ 46,6 milhões
Sagres Zion Liga (Portugal)
R$ 13,2 milhões
Tipp 3 Bundesliga (Áustria)
R$ 9,3 milhões
Fonte: Lance