O Vasco bem que tentou. Foi a campo com uma formação ofensiva, crisou diversas chances, mas não conseguiu vencer o Fluminense na noite desta quinta-feira, na primeira partida da semifinal do Campeonato Carioca. Com o empate em 1 a 1 , o Tricolor – dono de melhor campanha na fase de classificação – joga por nova igualdade no próximo domingo.
Nada que diminua a confiança do técnico Adilson Batista. Depois de elogiar o que classificou como uma atuação corajosa de sua equipe, o comandante de São Januário disse que é possível reverter a vantagem da equipe das Laranjeiras.
– Vi um time organizado, corajoso, que se arriscou, deixou Luan e Rodrigo no mano a mano com Fred e Walter. Tivemos posse de bolam rodamos, mas faltou velocidade. (A vantagem do Flu) Faz diferença no fim do jogo, nos últimos 20, 30 minutos. Alertamos nosso time para que não desperdiçasse pontos durante o campeonato.
Fomos superiores em alguns jogos e não vencemos, fomos prejudicados em outros. Acontece. Mas é possível reverter esse quadro e vamos atrás disso – afirmou o treinador após a partida.
Sobre a partida, Adilson viu um confronto acirrado. Para o treinador, faltou atenção no gol de Fred e mais velocidade para inverter as jogadas.
– Foi um jogo bem disputado, com oportunidades para ambos os lados. O Vasco tendo a posse de bola, faltou até invertê-la mais rápido para surpreender o adversário. Estava tudo bem controlado e o Fluminense fez o gol em um lance de lateral, com desatenção nossa e mérito deles pela sequência da jogada.
Depois nós mexemos, criamos dificuldades para eles, que se posicionaram para ter o contra-ataque. Tiveram situações, mas o volume foi nosso, nos impondo. Diante do jogo acirrado, disputado, temos que enaltecer e parabenizar nossos atletas.
O elenco do Vasco se reapresenta na tarde desta sexta-feira, em São Januário. A segunda partida da semifinal contra o Fluminense será no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Uma vitória simples classifica o Cruz-Maltino. Empate ou vitória tricolor leva o clube das Laranjeiras para a decisão do estadual.
Confira a íntegra da entrevista:
Thalles
Entrou bem e mudou nosso jeito de jogar, mais até em função do adversário. Com ele em campo, o Edmílson voltava mais para tabelar. Ele já fez isso no Japão. Thalles foi importante no jogo assim como o Diego Renan, o Fellipe Batos… Tive a lesão do André Rocha e tirei o Marlon porque ele já tinha cartão amarelo. Thalles é um belo jogador, mas tem apenas 18 anos e precisa ser trabalhado.
Tem algumas coisas a melhorar. Estou explicando, mostrando, fazendo, cobrando e ele tem se dedicado. É um profissional que quer crescer. Mas não vamos aqui achar que com 18 anos ele é o Edson Arantes do Nascimento, porque não é. Tem muita coisa para melhorar. Ele esta aceitando bem o que estamos passando e isso vai ajudá-lo a crescer.
A gente ouve muita coisa, lê muita coisa. Mas eu estou no dia a dia e vejo que ele precisa melhorar. Não falo só em função da pouca idade. Com o trabalho, Thalles vai crescer profissionalmente. Não que eu não queira dar responsabilidade a ele, não é isso. Mas estou no dia a dia. Com calma a gente vai cobrando para ele crescer profissionalmente.
Fonte: Globo.com